A idéia é intensificar a ação na Europa, mudando o conceito de comércio exterior, uma vez que o tradicional está repleto de barreiras tarifárias.
Governador Geraldo Alckmin recebeu uma comitiva formada pelo ministro do Comércio Exterior da França, François Loos, empresários e jornalistas franceses, no Palácio dos Bandeirantes.
Governo Paulista está propondo aos franceses um novo modelo exportador envolvendo pequenas e médias empresas do extremo sul da da França com as que constituem os 31 Arranjos Produtivos Localizados (clusters) do Estado.
Estado pretende vender seus produtos em países, onde a França tem uma importante presença do ponto de vista estratégico e político.
O porto de Marselhe, localizado no mar Mediterrâneo, na França, como canal de entrada para a venda dos produtos paulistas na Europa, no norte da África e no Oriente Médio. Esta é a estratégia que o Governo do Estado está adotando para aumentar suas exportações em outros continentes. Neste sentido, o governador Geraldo Alckmin recebeu nesta quarta-feira, dia 10, uma comitiva formada pelo ministro do Comércio Exterior da França, François Loos, empresários e jornalistas franceses, no Palácio dos Bandeirantes.
A idéia é intensificar a ação na Europa, mudando o conceito de comércio exterior, uma vez que o tradicional está repleto de barreiras tarifárias. O Estado pretende vender seus produtos em países, onde a França tem uma importante presença do ponto de vista estratégico e político.
O Governo Paulista está propondo aos franceses um novo modelo exportador envolvendo pequenas e médias empresas do extremo sul da da França com as que constituem os 31 Arranjos Produtivos Localizados (clusters) do Estado. São Paulo também quer intensificar a parceria na área agroalimentar em especial com produtos como carne e café.
Várias formas da possível cooperação estão sendo estudadas, entre elas, a finalização de produtos no Porto de Marselhe para onde seriam encaminhados os móveis semi-acabados, que poderão ser finalizados por profissionais de móveis do sul da França. Outra proposta é intensificar o aumento das vendas dos calçados paulistas, uma vez que os franceses compram poucos calçados brasileiros, e tê-los como parceiros para penetrar as vendas no Marrocos, Argélia (norte da África) e no Oriente Médio.
Para tanto, uma missão paulista seguirá para Marselhe em janeiro de 2004. ‘O que interessa ao Brasil é se associar para exportar produtos com valor agregado, deixar de ser um exportador de matéria-prima, gerando emprego aqui no Brasil. Interessa termos mais investimento produtivo do que capital especulativo. Queremos convencer os investidores mostrando que São Paulo é um Estado receptivo a investimentos, que cumpre contratos, pisa no acelerador da economia, tem boa tecnologia, infra-estrutura e recursos humanos bem preparados’, disse Alckmin.
O ministro francês, François Loos, afirmou que São Paulo está no cerne da vida econômica do Brasil e pretende aprofundar as relações comerciais com o Estado, principalmente nas áreas de transporte (metroferroviária e aeronáutica) e de infra-estrutura. Ele comentou que desenvolveu um plano de ação para o Brasil e quer intensificá-lo no Estado paulista.
A França é sexto maior investidor em São Paulo, ficando atrás dos EUA, Alemanha, Espanha, Portugal e Japão. De 1995 até agosto de 2003, os investimentos franceses anunciados para o Estado de São Paulo foram de US$ 3,26 bilhões. Em 2002, o Estado de São Paulo exportou para a França US$ 274 milhões e importou US$ 750,3 milhões, num montante de US$ 1 bilhão.
Entre as principais empresas instaladas no Estado, destaca-se a Alstom que fabrica os trens da CPTM e do Metrô. A fábrica brasileira, instalada no bairro da Lapa, ganhou a concorrência para expandir novos trens do metrô no Chile e de Nova York.
Na linha de transportes, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, comentou que há um grande campo a ser investido na Baixada Santista e na região de Campinas, onde há uma grande demanda de passageiros.
Valéria Cintra
