São Paulo comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente

Estado abriga 60% da Mata Atlântica do Brasil e está revertendo o processo de degradação ambiental

qui, 05/06/2003 - 14h33 | Do Portal do Governo


A preocupação em cuidar do meio ambiente é uma idéia recente, apesar da importância. O futuro da humanidade depende da preservação ambiental, mas isso só passou a ser encarado com a seriedade merecida nas últimas décadas. Enquanto, em grande parte do mundo, o Dia do Meio Ambiente é marcado apenas por atividades reflexivas, numa tentativa de tentar mudar o quadro de degradação, em São Paulo esta é uma data para comemorações.

Há alguns anos, o Estado de São Paulo vem invertendo a rotina humana de destruição ambiental. Em vez de perder áreas verdes, o Estado conseguiu ampliar sua cobertura vegetal em 68 mil hectares na última década, especialmente nas áreas da Região Metropolitana e Litoral. Atualmente, 60% de toda a Mata Atlântica preservada no Brasil está em território paulista.

O governador Geraldo Alckmin explicou nesta quinta-feira, dia 5, durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Parque do Horto Florestal, que nos últimos cinqüenta anos o Estado tinha sete milhões de hectares de cobertura vegetal. ‘Esse número foi caindo em um milhão a cada década. Foi para seis, depois para cinco, para quatro e chegou a três milhões de hectares. Hoje, revertemos esta tendência de queda e estamos aumentando’, destacou. O número atual é 3,068 milhões de hectares de cobertura vegetal, mas o objetivo é continuar ampliando. ‘Queremos chegar na próxima década com um número maior’, observou.

Novas medidas

Alckmin anunciou quatro novidades para a área ambiental, como parte das comemorações. A primeira, foi a oficialização do Programa de Jovens – Meio Ambiente e Inclusão Social, que é desenvolvido há sete anos por sete municípios paulistas, mas dependia de uma formalização legal para continuar operando. Foi, então, assinado um protocolo de intenções entre o Instituto Florestal, o Governo do Estado e as prefeituras envolvidas para tirar o Programa do caráter informal e ampliá-lo. O prefeito de São Bernardo do Campo, William Dib, representou os demais municípios na cerimônia.

Este programa visa profissionalizar como ecologistas adolescentes de 16 a 20 anos de idade, habitantes de áreas protegidas do Cinturão Verde Paulista. O treinamento ocorre nos setores de agrossilvicultura, ecoturismo, reciclagem, monitoria ambiental e agroindústria artesanal. São jovens que vivem em difícil situação social e sem perspectivas de trabalho e sustentação econômica. Eles recebem uma ajuda financeira, capacitam-se em um setor de crescente potencial no mercado de trabalho e firmam um compromisso sócio-ambiental.

O secretário do Meio Ambiente, José Goldemberg, disse que o Estado entra com a parte de treinamento e o pagamento das bolsas é feito pelas prefeituras. Para ele, este é um programa fundamental, pois as pessoas mais velhas não possuem tradição em preservar o meio ambiente. ‘Só os jovens podem iniciar este processo’, defendeu. Alckmin compartilha da mesma opinião. Para ele, a educação ambiental tem de ser fortemente implantada entre as crianças e adolescentes para ser difundida a toda sociedade.

As outras três novidades anunciadas referem-se ao lançamento de publicações ambientais: uma apostila do Instituto Florestal, que é modelo para projetos de mudas, recuperação de mananciais e matas ciliares; um manual para montar pequenos viveiros florestais; e uma coletânea de toda Legislação Ambiental – federal, estadual e municipal -, cujo primeiro volume lançado é sobre Licenciamento Ambiental. ‘Vamos mostrar que podemos crescer, gerar emprego, ter o melhor parque industrial do Brasil, ter desenvolvimento sustentado e preservar essa beleza de natureza’, finalizou o governador.

Rogério Vaquero