Alckmin visitou a sede do Celex, que está localizada junto à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, em uma área de 30 mil metros quadrados, cedida pelo Governo do Estado.
Alckmin visitou a sede do Celex, que está localizada junto à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, em uma área de 30 mil metros quadrados, cedida pelo Governo do Estado.
Evento foi realizado sede do Celex, que está localizada junto à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, em uma área de 30 mil metros quadrados, cedida pelo Governo do Estado.
Alckmin participou da 5ª reunião do Conselho Estadual de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Cericex), órgão que coordena as ações do Governo do Estado voltadas ao comércio exterior.
Garantir aos pequenos e médios empresários a possibilidade de vender a produção ao mercado externo. Em São Paulo, esse grande desafio brasileiro já começou a ser encarado com absoluta prioridade. O Centro de Logística da Exportação (Celex), que faz a intermediação entre os exportadores brasileiros e os compradores e vendedores internacionais, irá se tornar um autêntico ponto de operações comerciais entre o Brasil e o mundo nos próximos três meses. O objetivo, neste período, é ampliar o número de compradores internacionais cadastrados de 4,5 mil para cerca de 40 mil.
Nesta segunda-feira, dia 6, o governador Geraldo Alckmin visitou a sede do Celex, que está localizada junto à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, em uma área de 30 mil metros quadrados, cedida pelo Governo do Estado. A administração do espaço é feita pela Associação Celex, gerida sem fins lucrativos por empresários da iniciativa privada. Alckmin participou, no local, da 5ª reunião do Conselho Estadual de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Cericex), órgão que coordena as ações do Governo do Estado voltadas ao comércio exterior.
Durante o evento, que contou com a participação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, Alckmin fez uma sugestão ao Governo Federal, para ampliar as exportações. Segundo ele, há R$ 900 milhões no orçamento deste ano que estão contingenciados. ‘Esses recursos podem ser usados para devolução dos créditos do ICMS às empresas exportadoras. Se houver o descontingenciamento, o exportador será beneficiado, especialmente neste momento de câmbio baixo, com o real valorizado’, alertou.
O governador lembrou que as exportações vêm aumentando em São Paulo, graças ao esforço paulista de investir em infra-estrutura e também em reduzir impostos. ‘Em janeiro de 2002, foram movimentados US$ 20 bilhões em exportação, no Estado. No último mês, o número subiu para US$ 33,9 bilhões. Um aumento de 54%’, comparou. Ele destacou que cada US$ 1 bilhão de dólares movimentado em exportação gera cerca de 60 mil empregos. ‘Então, foram mais de 800 mil empregos gerados no Estado’, disse.
O secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Souza Meirelles, explicou que na sede do Celex serão realizados contatos permanentes com compradores do mundo todo, oferecendo os produtos brasileiros. “Vamos facilitar ainda mais o acesso dos pequenos empresários a um novo mercado consumidor” disse Meirelles.
Mesa de Operações Internacionais
Foi inaugurada oficialmente no Centro uma Mesa de Operações Internacionais, dividida em duas partes. Segundo o diretor da Associação Celex, Luiz Pinto Lima, uma parte dos operadores fará o contato com os exportadores brasileiros e outra com os importadores (compradores) estrangeiros, oferecendo alternativas de suprimento em nível mundial. “Ou seja, de um lado teremos funcionários responsáveis por achar o produto que está sendo demandado no exterior e que irão oferecer esta oportunidade aos exportadores nacionais. Por outro lado, serão identificadas fontes de suprimento para as demandas de empresas que necessitem importar”, observou Pinto Lima.
De acordo com ele, o Celex, ligado ao mundo, fará o cruzamento das informações para oferecer produtos que se enquadrem nos parâmetros de qualidade e preço estabelecidos pelos compradores. O local também já agrega agências e escritórios de grupos voltados à exportação, como os Correios, o Banco do Brasil e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Outras entidades ligadas ao fluxo da exportação deverão se instalar no futuro, como representantes da Secretaria da Receita Federal, despachantes aduaneiros, transportadores, corretores de câmbio e de seguros etc. O objetivo é criar uma espécie de Poupatempo voltado aos exportadores. “O sucesso do Poupatempo para as pessoas físicas é indiscutível. Queremos repetir esse sucesso com o Poupatempo da Exportação”, revelou o diretor.
Além disso, também serão realizados cursos e workshops para treinamento dos empresários. “Normalmente, o pequeno empresário faz tudo na empresa. Ele é o comprador, o vendedor e o administrador. Daí, não sobra tempo para entrar no ramo da exportação. O Centro dará toda a formação e a informação de como agir neste sentido, para possibilitar o ingresso no mercado externo”, apontou.
Lima informou que a iniciativa é inédita no Brasil, mas que outros estados já se mostraram interessados em também implantá-la. “Representantes dos estados de Goiás, Rio de Janeiro e Pernambuco já vieram conhecer o modelo paulista”, confirmou.
O diretor ressaltou ainda que a exportação é uma importante atividade para combater o desemprego e gerar riqueza aos Estados e ao País. “O Brasil é a 12a principal economia do mundo e tem possibilidade de ser a 8a, posição que já ocupou no passado. Para isso, temos de aumentar a capacidade exportadora, principalmente de produtos com valor agregado, que é o nosso foco”, finalizou.
Rogério Vaquero
