Saneamento: Pesquisadores da USP e do Instituto Mauá preparam novos equipamentos para tratamento de

O consumo de água cresce junto com o aumento da população e com o incremento das atividades agrícolas e industriais

seg, 24/02/2003 - 21h11 | Do Portal do Governo

Declarado o Ano Internacional de Águas Doces pela Organização das Nações Unidas (ONU), 2003 espera boas notícias para a preservação dos recursos hídricos no planeta. O consumo de água cresce junto com o aumento da população e com o incremento das atividades agrícolas e industriais. Uma situação que não pode dispensar o reuso da água, até como meio de preservar as fontes naturais, como rios, lagos e represas. Um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo e da Escola de Engenharia Mauá (EEM) do Instituto Mauá de Tecnologia, em São Caetano do Sul, pode estar contribuindo para uma boa notícia.

Eles estão desenvolvendo vários equipamentos que vão resultar em novos reatores para tratamento de esgotos e disponibilizar a água resultante para usos menos nobres e sem necessidade de potabilidade, como em atividades industriais, lavagens de rua ou para a irrigação de culturas, cujos produtos não sejam consumidos sem cozimento.

O foco dos estudos desses pesquisadores são sistemas para tratamento de esgotos sanitários e efluentes industriais, que utilizam microrganismos anaeróbios (bactérias e suas parentes, arqueas, que não necessitam de oxigênio para sobreviver) para fazer a purificação dessas águas residuárias. Embora ainda pouco utilizado no país, esse processo biológico possui uma longa e tradicional linha de estudos. Na EESC, desde os anos de 1970, pesquisadores estudam e desenvolvem novas configurações de reatores anaeróbios.

Depois de tantas pesquisas, chegou a hora de alguns dos sistemas estudados serem colocados em prática. Segundo o engenheiro Eugênio Foresti, diretor da Escola de Engenharia de São Carlos, estão sendo mantidos contatos com o governo do Estado de São Paulo visando a montagem de uma estação piloto de tratamento anaeróbio em uma cidade de pequeno porte na região de São Carlos. É a oportunidade que faltava para os pesquisadores apresentarem, na prática, a eficácia do processo.


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