Coibir as ligações clandestinas tem sido uma das principais metas das empresas prestadoras de serviços de telefonia, energia elétrica, tv a cabo e água. Nesta luta constante, campanhas publicitárias, ações junto à sociedade e verdadeiras operações “caça-fraude” são algumas das armas destas empresas, que contabilizam milhões em prejuízo financeiro por conta deste tipo de ação ilícita.
Mas, além da perda de receita, por parte das empresas, os conhecidos “gatos”, também podem representar inúmeros riscos para a população. Um dos exemplos são as ligações clandestinas feitas na rede de abastecimento público de água, em que as irregularidades variam de sutis intervenções no hidrômetro à ligações subterrâneas em que tubulações são ligadas diretamente na rede de abastecimento, dificultando identificação das mesmas por parte da empresa.
Segundo a Sabesp, presente em cerca 60% dos municípios do Estado de São Paulo, as ligações clandestinas podem comprometer a qualidade da água que é distribuída para a população, pois, geralmente são feitas com materiais e técnicas inadequados. Sendo assim, os perigos de contaminação são grandes, já que muitas das ligações, inclusive, estão em áreas sujeitas a enchentes, refluxos e contatos com insetos e animais. Nestes locais a rede de abastecimento fica desprotegida e por conta de uma única irregularidade, o abastecimento de um setor inteiro pode ficar com sua qualidade comprometida.
Os vazamentos também são comuns quando há uma ligação clandestina. Um dos principais efeitos dos vazamentos é a perda de pressão de água na rede, que conseqüentemente ocasiona falta de água para a população. Além disso, os vazamentos podem ser a origem de infiltrações, que comprometem a estrutura dos imóveis e em última instância podem causar desabamentos.
Para minimizar estes problemas, a Sabesp investe na qualificação e treinamento de seus funcionários, já que é através deles e da denúncia de terceiros que a empresa consegue identificar os casos de fraudes em suas redes de água e esgoto. A empresa dispõe de equipes que trabalham na fiscalização das ligações da empresa, os chamados “caça-fraudes”. A atuação destas equipes é feita de três formas:
– Através de equipes de caça-fraudes, que atendem a denúncias de ligações irregulares e verificam também as ligações dos imóveis vizinhos;
– Através do TACE/leiturista que por ocasião da leitura mensal, aponta indícios de irregularidades e as encaminha para a área de caça-fraudes;
– Através de todos os técnicos da empresa que prestam serviços na rua que são orientados a informarem a área de caça-fraude sempre que encontrarem qualquer anormalidade.
De acordo com a Norma Comercial da Sabesp, a punição para os casos em que a fraude é descoberta, prevê o pagamento de acordo com a utilização da ligação, retroagindo a cobrança até 5 anos da data da ocorrência. Para regularizar a situação do imóvel, basta o cliente se dirigir a qualquer agência de atendimento da Sabesp ou ligar para a central de atendimento telefônico da empresa (195).
Da Assessoria de Imprensa da Sabesp
J.C.
