Sabesp: Empresa estuda uso agrícola de efluentes de lagos de estabilização

Tratamento é feito por meio de processos físicos, biológicos e bioquímicos, denominados autodepuração

ter, 07/12/2004 - 11h32 | Do Portal do Governo

Minimizar o volume de resíduos gerados por conta do processo de tratamento dos esgotos é uma das grandes metas da Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Neste sentido, alguns exemplos de tecnologia e soluções para este problema estão em estudo e aplicação em alguns municípios operados pela empresa. A agricultura é um dos campos que aparece com grande potencial para absorver os efluentes do tratamento de esgotos.

No sistema de Lins, operado pela Sabesp, os efluentes com potencial fertilizante são produzidos pelo tratamento de esgotos por meio de lagoas de estabilização. Essas lagoas são construídas com objetivo de reter os esgotos por um período de tempo longo, o suficiente para que os processos naturais de estabilização da matéria orgânica se desenvolvam.

O tratamento destes resíduos é feito por meio de processos naturais: físicos, biológicos e bioquímicos, denominados autodepuração ou estabilização, que sob condições parcialmente controladas são os responsáveis pela transformação do esgoto em compostos minerais e orgânicos mais estáveis. O resultado é um produto (efluente tratado), com potencial para contribuir na irrigação de culturas agrícolas.

Diante disso, a Sabesp desenvolve em Lins uma série de pesquisas pioneiras para a utilização de forma sustentável, do efluente de esgoto tratado através da irrigação. A irrigação com efluente tratado, não pode ser considerada como fertirrigação, no sentido exato do termo, pois os nutrientes, neste subproduto do tratamento de esgotos não estão balanceados.

Com esses estudos, poderão ser obtidos parâmetros seguros para a aplicação deste projeto em outras estações de tratamento de esgotos. ‘Esta é uma pesquisa que busca desmistificar algumas atitudes resistentes e quebrar paradigmas. Com o avanço dos estudos, algumas ações poderão contribuir para uma transformação da consciência coletiva, que diante do repasse de informações cientificamente aprovadas assumirá uma postura mais receptiva com relação ao uso de efluentes sanitários.’, afirma Fernando Sozzo, técnico de Sistemas de Saneamento.

Do Departamento de Comunicação Social da Sabesp

(LRK)