Rio Tietê não transborda e evita danos ainda maiores em São Paulo

Obras de rebaixamento da calha do Rio evitaram a inundação das marginais e auxiliaram na macrodrenagem da cidade. Há dois anos o Rio não transborda n

ter, 03/02/2004 - 14h39 | Do Portal do Governo


Obras de rebaixamento da calha do Rio evitaram a inundação das marginais e auxiliaram na macrodrenagem da cidade. Há dois anos o Rio não transborda na Capital

Mesmo com as fortes chuvas que vêm castigando a Região Metropolitana de São Paulo neste verão e que na tarde de ontem causaram muito transtorno na Capital, o Rio Tietê não transbordou em nenhum momento. Há dois anos não é registrado caso de inundação na marginal, em função do rebaixamento da calha do Tietê. As obras estão com 65% de execução e têm término previsto para o fim deste ano.

Quando o trabalho de rebaixamento estiver concluído, os técnicos da Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento estimam que o prazo de recorrência de enchente no Rio Tietê passe a ser de 100 anos. O governador Geraldo Alckmin sobrevoou nesta terça-feira, dia 3, toda a extensão dos rios Tietê e Pinheiros, vistoriando as obras de rebaixamento.

Para ele, os prejuízos para São Paulo poderiam ter sido ainda maiores se o Governo do Estado não estivesse ampliando a calha do Tietê. “Poderia ter sido pior, pois além de não ter ocorrido enchente na marginal, o Tietê ajudou na macrodrenagem da cidade. Ele é o grande ralo de São Paulo, recebendo as águas da maioria dos rios que chegam à Capital”, explicou, citando o Tamanduateí, o Aricanduva e o Pinheiros como alguns dos rios que deságuam no Tietê.

Nesta segunda etapa da obra, a calha do Tietê está sendo rebaixada em 2,5 metros em média, no trecho entre o Cebolão e a Barragem da Penha. O objetivo é aumentar a vazão do Rio em 65%, passando de 640 metros cúbicos por segundo para 1.048 metros cúbicos por segundo. O trabalho, orçado em R$ 688,3 milhões, está sendo executado em parceria com o Japan Bank International Cooperation (JBIC), que está financiando 75% das obras. Os outros 25% são investidos pelo Estado.

Alckmin também citou a construção de piscinões por parte do Governo como uma importante ação contra as enchentes. Ele lembrou que, até nove anos atrás, as gestões estaduais nunca haviam construído um piscinão. “Hoje temos 15 reservatórios operando: 12 na bacia do Tamanduateí e três no Pirajussara. Também há mais cinco em fase de implantação, sendo três na região do ABC e dois no Pirajussara”, disse.

Estação Tatuapé do Metrô

Além de ter vistoriado as obras da calha do Tietê, o governador visitou na manhã de hoje a Estação Tatuapé do Metrô, que teve parte do telhado derrubado ontem por ventos de 110 quilômetros por hora e pela chuva. “A estrutura da estação não foi afetada e esperamos que em 15 dias toda a cobertura esteja recuperada”, informou. A estimativa é a de que aproximadamente R$ 300 mil sejam investidos na recuperação.

A Linha 3 do Metrô, que faz o trajeto leste-oeste da Capital, teve o funcionamento interrompido ontem devido ao desabamento do teto na Estação Tatuapé, mas hoje opera normalmente. O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse que por essa linha circulam cerca de 150 mil pessoas por dia e que ela é fundamental para o transporte público de passageiros nas zonas Leste e Oeste. “Os usuários podem vir tranqüilos. Em 22 anos, é a segunda vez que ocorre um fenômeno como esse. Os metroviários se empenharam na limpeza dos trilhos e desde o início da manhã a operação estava regularizada.”

Rogério Vaquero