Região Noroeste do Estado ganha reforço no policiamento de rua

Governo substituiu Policiais Militares que faziam guarda de penitenciárias por Agentes de Escolta e Vigilância

ter, 01/04/2003 - 14h57 | Do Portal do Governo


Os Policiais Militares que faziam a guarda das muralhas das Penitenciárias de Pirajuí I e II, na região de Bauru, foram substituídos, nesta terça-feira, dia 1º, por Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (AEVPs) e estão voltando às ruas para o policiamento preventivo e ostensivo. A cerimônia de substituição foi realizada na Penitenciária I de Pirajuí, com a nomeação, pelo governador Geraldo Alckmin, dos 110 novos agentes que vão atuar nas unidades I (60 agentes) e II (50).

Com a troca dos PMs por Agentes de Escolta de hoje, o Estado atingiu a marca de 3.200 substituições. “O Governo paulista dá hoje mais um importante passo na busca da melhoria da Segurança Pública. O que Estado vem fazendo em São Paulo para o combate da criminalidade e na administração penitenciária representa uma verdadeira revolução. Os Policiais Militares estão voltando para as ruas, reassumindo o policiamento preventivo. E os Policiais Civis, que tomavam conta de presos em cadeias e distritos superlotados, estão voltando às atividades investigativa e judiciária”, explicou o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, referindo-se também aos 20 Centros de Detenção Provisória (CDPs) que abrigam 18 mil presos à espera de julgamento, provenientes da desativação de 99 carceragens de Cadeias e Distritos Policiais.

A transferência para locais mais adequados, como CDPs e Penitenciárias, possibilitou que os presos trabalhassem. O governador destacou que atualmente cerca de 50% dos detentos estão reduzindo suas penas com o trabalho. “A Penitenciária de Pirajuí tem uma verdadeira fábrica de móveis especializada na produção de carteiras escolares”, ressaltou. Dos 925 detentos de Pirajuí I, 635 trabalham.

Para o prefeito Luiz Carlos Serrapo, a ação do Governo do stado vai beneficiar a população de Pirajuí e de todas as cidades vizinhas, que contarão com reforço de policiamento.

As principais atribuições dos agentes são vigiar as áreas externa e interna da penitenciária em toda a extensão; impedir fugas de presos utilizando-se dos recursos disponíveis, inclusive arma de fogo; comunicar ao superior imediato, por meio de rádio transmissor, o lançamento de objetos na área de segurança da unidade prisional; inspecionar o solo ao redor da penitenciária para detectar qualquer perfuração estranha que possa sugerir tentativa de fuga, entre outras. A escolta dos presos, por enquanto, continuará sendo feita pela Polícia Militar.

Os agentes passam por treinamento teórico ministrado pela Escola de Administração Penitenciária e aulas específicas, com carga de 225 horas, ministrada pela Polícia Militar.

Durante a cerimônia, Alckmin anunciou que nesta quarta-feira, dia 2, será realizada a substituição dos policiais por agentes na Penitenciária I de Mirandópolis. Também informou que será inaugurado, ainda este mês, o CDP de Bauru, que possibilitará a desativação da cadeia pública da cidade. “Com isso, a Polícia Civil de Bauru ficará liberada exclusivamente para a função investigativa e judiciária”, observou.

Takao Miyagui / Cíntia Cury