A população de Santo André, na região do ABC, passa a contar a partir desta terça-feira, dia 20, com vários serviços médicos oferecidos pelo novo Hospital Estadual no município. Foi inaugurada nesta terça-feira, dia 20, pelo governador Geraldo Alckmin, a primeira ala do hospital, que fica no terceiro andar do prédio e tem pronto-socorro com salas de cirurgia, leitos, day-clinic, ambulatórios, centros de diagnóstico e laboratórios, entre outros serviços.
O hospital tem cinco pavimentos. A entrega do terceiro andar representa a conclusão da primeira fase das obras retomadas pelo Governo Covas-Alckmin, em março de 2000. Elas tinham sido paralisadas em 1991. A conclusão total está prevista para o primeiro semestre de 2002, oferecendo 350 leitos e funcionando como Hospital de Clínicas da região. “Esse será o maior hospital da região, servindo de referência para todo o ABC”, disse Alckmin, acrescentando que o Governo já investiu R$ 42 milhões na construção e em equipamentos. “Até o final das obras esse número deve chegar a R$ 67 milhões“.
O hospital será administrado pela Fundação do ABC, que pertence à Faculdade de Medicina do ABC, e funcionará de maneira integrada ao Sistema Único de Saúde – SUS. Dessa forma, os municípios da região fazem o atendimento primário e os casos mais complexos são encaminhados para o hospital, que, quando pronto, terá serviço de hemodiálise, terapia intensiva, banco de sangue e unidade de queimados. “Vai ser um hospital de alta complexidade com atendimento 100% SUS, portanto, totalmente gratuito”, destacou o governador.
A gestão do hospital é acompanhada pelo Governo do Estado, pelo Tribunal de Contas e pela Assembléia Legislativa. A Direção Regional de Saúde avalia as necessidades da região e encomenda os serviços que devem ser prestados pela instituição que vai dirigir o hospital.
O prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), elogiou o contrato de gestão estabelecido pelo Governo do Estado e disse estar convencido de que não só é possível, mas também adequado que haja prestação de serviços descentralizada e dessa natureza, principalmente quando acompanhada da assinatura de um sério contrato de gestão. Segundo ele, isso é uma garantia de que o hospital vai funcionar com avaliação de desempenho e resultados.
O secretário da Saúde, José da Silva Guedes, disse que o fato da fundação pertencer à faculdade vai dar duas contribuições importantes ao município, tanto para a faculdade, que vai melhorar a qualidade do ensino, como para a população, que terá um atendimento melhor. Guedes lembrou que este é o 12º esqueleto de hospital entregue dos 20 assumidos pelo Governo Covas-Alckmin. “A maioria fica na região da Grande São Paulo, a área mais carente em assistência hospitalar no Estado”, comentou. Ele disse ainda que esse modelo de gerenciamento está sendo analisado por outros Estados e que a Organização Mundial de Saúde (OMS), junto com o Banco Mundial, convidaram o Estado de São Paulo para apresentar esse modelo no Congresso Mundial de Saúde que será realizado no ano que vem.
Durante o evento, Alckmin lembrou que o Estado entregou, há dois anos, o Hospital de Serraria, no município de Diadema, também na região. Com a entrega desta quinta-feira, sobe para 12 o número de “esqueletos” entregues pela atual administração. Estão em fase de conclusão os hospitais de Bauru (385 leitos), além de Vila Alpina (220 leitos) e Sapopemba (220 leitos), na Capital.
Desde 1995, já foram entregues 3.695 leitos em todo o Estado. Estão em andamento a construção de 1.355 novos leitos, enquanto 226 novos leitos estão programados. Além disso, foram reativados 1.155 leitos. No total, a previsão é de que até 2002, chegará a 6.431 o número de leitos entregues nas gestões Covas-Alckmin.
Gláucia Basile / Cyntia Cury
