Reforma Agrária: Estufas geram renda em assentamento de Promissão

Em 2004 devem ser produzidas 50 mil caixas de pepino e 35 mil de tomate nas estufas do assentamento

qui, 15/04/2004 - 11h01 | Do Portal do Governo

Os agricultores do assentamento Reunidas, no município de Promissão, na região de Araçatuba, encontraram uma alternativa para a geração de renda: o cultivo de legumes em estufas. Desde 1995, cerca de 80 assentados aderiram a essa forma de produção, voltada principalmente ao tomate e ao pepino.

A iniciativa partiu de dois assentados, José Martins, o Benê, e Adelino Ritter. Em 95, eles receberam a visita de um negociante de verduras, interessado em comprar a safra local. Mas como a produção do assentamento estava voltada basicamente para o milho, ele sugeriu que os agricultores adotassem estufas como alternativa para o cultivo. Após um período de estudos, Benê e Adelino adquiriram uma estufa cada, que inicialmente produziam alface.

Segundo Benê, a mudança foi altamente positiva: “como o milho não está dando mais para o sustento, hoje, a produção de tomate e pepino em estufas é o carro chefe do meu lote”. O agricultor afirma que, após a mudança, a qualidade de vida da família melhorou, e a produção se diversificou ainda mais. Hoje o lote também produz café, mas Benê está planejando reduzir a área do café para a instalação de mais uma estufa.

De acordo com Edson Luiz Pereira, responsável técnico de campo do Instituto de Terras do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, o potencial para esse tipo de cultivo é enorme: “como em Reunidas existem 629 assentados, e somente 80 possuem estufas, ainda existe espaço para crescer.”

Pereira afirma que a previsão para 2004 é que sejam produzidas 50 mil caixas de pepino e 35 mil caixas de tomate nas estufas do assentamento. Com isso, é possível abastecer o mercado da região, “mas a maior parte da produção vai para cidades como ribeirão Preto e São Paulo”, afirmou.

Os recursos para a implantação de estufas vêm de três fontes principais – investimentos dos próprios assentados, financiamentos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) e recursos do Fimsocial.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania

(LRK)