Reforma acrescentará 22 leitos de UTI ao Hospital Estadual do Ipiranga

Unidade também terá mais 50 leitos de Ortopedia até o fim do mês

qui, 03/04/2003 - 15h30 | Do Portal do Governo


O 4º andar do Hospital Estadual do Ipiranga será reformado e passará a contar com oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adulto e 12 de UTI Coronariana. A autorização para a licitação da obra foi assinada nesta quinta-feira, dia 3, pelo governador Geraldo Alckmin. ‘O 4º andar está fechado há quase 10 anos’, destacou o governador.

O prazo para conclusão da licitação é de aproximadamente 90 dias. Outros 120 dias serão necessários para a finalização das reformas, que também incluem a enfermaria das clínicas médicas, localizada no 3º andar, que receberá nova iluminação e pintura, além de reforma em todo o mobiliário, nos banheiros e na parte elétrica.

Atualmente, o Hospital do Ipiranga realiza 1.500 consultas por mês na Cardiologia. Com a reforma, toda a área da Cardiologia ficará no mesmo andar. Isso possibilitará assistência individualizada, ou seja, a equipe médica que atenderá os pacientes que estão na UTI será a mesma que acompanhará os doentes quando estes passarem para a enfermaria.

Outra área que está passando por reformas é a Ortopedia, localizada no 5º andar. De acordo com o governador, estas obras deverão estar concluídas em cerca de três semanas e vão acrescentar 50 leitos ao hospital. A obra está sendo realizada pelo pessoal do próprio hospital e também das Frentes de Trabalho.

O investimento é de cerca de R$ 20 mil. Nos últimos oito anos, o Hospital do Ipiranga passou por reformas nas seguintes áreas: Centro Cirúrgico, Neo-Natal, Pronto Socorro, Centro Obstétrico e o 9º andar, que abriga as cirurgias. ‘Há quatro anos, contávamos com 230 leitos. Em aproximadamente sete meses, esse número saltará para 330’, ressaltou o diretor da unidade, João Carlos Vicente de Carvalho.

O governador destacou que os esforços do Governo paulista na área da saúde se concentram em duas direções. A primeira é a construção de novas unidades hospitalares. ‘Estamos ampliando os serviços oferecidos à população dentro dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), da gratuidade, eqüidade e universalidade, porque a demanda é muito grande’, afirmou.

O Estado também está recuperando os hospitais já existentes, como o Darcy Vargas, Dante Pazzanese, Hospital do Servidor Público, entre outros. ‘Temos hospitais da década de 50, já vão completar meio século de trabalho’, exemplificou.

Desde 1995, a administração estadual retomou as obras de 15 esqueletos de hospitais que estavam abandonados em São Paulo. Desses, 14 já estão funcionando e o último, o de Sapopemba, será inaugurado neste sábado, dia 5. Os 14 novos hospitais são: Itaim Paulista, Vila Alpina, Grajaú, Pedreira, Pirajussara, Carapicuíba, Guarulhos, Itapevi, Itapecerica da Serra, Itaquaquecetuba, Santo André e Diadema, todos na Grande São Paulo, e Sumaré e Bauru, no Interior. ‘Estudos apontavam que tínhamos uma grande concentração de leitos na região da Avenida Paulista. E a região de Sapopemba, com meio milhão de pessoas, por exemplo, não tinha uma cama hospitalar’, afirmou o governador.

Atendimento humanizado e padrão Poupatempo

Durante a cerimônia, Alckmin cobrou atendimento mais humanizado e padrão Poupatempo para os doentes que chegam aos hospitais. ‘Passei a segunda-feira de carnaval visitando, de surpresa, obras do Governo. Fui aos hospitais de Cachoeirinha e Mandaqui. E a gente percebe que o doente é muito bem atendido quando está internado. Todos são muito dedicados e o paciente tem um atendimento de qualidade. Mas também percebemos que até ser internado, quando é o caso, principalmente no pronto-socorro, o doente passa por um calvário’, expôs o governador.

Alckmin determinou que o atendimento seja humanizado, com a implantação de equipes de primeiro atendimento para orientação aos pacientes que chegam nos hospitais. E com padrão Poupatempo, ou seja, atendimento rápido e de qualidade. ‘Precisamos dar carinho para as pessoas’, afirmou.

Determinou ainda que os hospitais evitem macas em corredores, com a construção, quando necessário, de mais salas. ‘A pessoa passa pelo constrangimento de estar deitada numa maca no movimento do corredor. É preciso evitar isso e humanizar o atendimento’, disse.

De acordo com o diretor do Hospital do Ipiranga, a unidade já conta com atendimento humanizado na maternidade. Os pais dos bebês têm livre acesso à maternidade 24 horas por dia e as parturientes, liberdade para andar pelo hospital.

Já o padrão Poupatempo está em desenvolvimento e deverá ser implantado em breve no ambulatório e no pronto-socorro. ‘Teremos uma pessoa na recepção para conversar com o paciente, reduzindo a ansiedade. Muita gente que vem aqui precisa mais ser ouvida do que propriamente do atendimento médico’, afirmou.

Cíntia Cury