Recursos Hídricos: Sabesp usa tecnologia para produzir chuvas artificiais

Processo de semeação de nuvens com patente internacional foi desenvolvida em parceria com a Sabesp

sex, 02/07/2004 - 12h12 | Do Portal do Governo

Como alternativa para diminuir o problema de escassez de chuvas na área de mananciais que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, notadamente no sistema Cantareira, a Sabesp investiu no desenvolvimento de um sistema para estimular a produção de chuvas artificiais.

Em 1938 surgiram as primeiras chuvas artificiais nos Estados Unidos, porém apenas em condições especiais, com uso de cristais de gelo, a 39°C. Já em 1946 foram desenvolvidas as chuvas artificiais através de iodeto de prata, a 6°C.

Mas somente em 2001 deu-se início a uma nova tecnologia, com patente brasileira internacional. Por meio de um avião bimotor, carregado de 300 litros de água potável, entra-se dentro da nuvem escolhida pelo radar e ocorre a união de gotículas já existentes na nuvem com as aplicadas pelo avião, formando gotas maiores que propiciam as chuvas. Em cerca de 15 minutos, desencadeiam-se chuvas artificiais localizadas com notável intensidade.

Pioneira no mundo, esta inovação no processo de semeação de nuvens para desencadear chuvas artificiais localizadas, independentemente do tipo de nuvem, foi desenvolvido pelo engenheiro Takeshi Imai, em parceria com a Sabesp, que fez investimentos significativos para o desenvolvimento do projeto, a partir de 2001. Em 2003, a empresa acreditou na credibilidade destas atividades e na busca por novas alternativas para solucionar a questão da escassez de água na Região Metropolitana, assinando assim o 1º contrato Mundial de Produção de Água a partir das nuvens.

Em 2002, no Congresso Brasileiro de Meteorologia de Foz do Iguaçu, foram apresentados os primeiros resultados positivos. No ano seguinte, já era possível a fabricação de nuvens em tamanhos adequados para produzir chuva, ou seja, qualquer nuvem pode ser utilizada, mesmo não tendo o tamanho adequado para a semeação, há como aumentar até atingir o modelo correto.

‘Um litro de água semeada é equivalente a 50 caminhões pipa de chuva’, exemplifica Takeshi. Aplicado em estudos referentes ao tema por mais de 25 anos, o inventor do projeto já contém quatro pulverizadores de água em seu avião. Durante sua participação no IV Festival de águas do 3º Milênio, explicou a ‘Operação Pajé’; assim foi nomeada pela Aeronáutica a semeação de nuvens. Controlado pelo Serviço Regional de Proteção a Vôo, as áreas onde o avião vai sobrevoar são evacuadas prevenindo qualquer tipo de acidente e auxiliando em sua navegação.

A Sabesp está sempre estudando novas opções para solucionar a questão da escassez de água. Para a empresa, a importância do bem-estar da população vem em primeiro lugar. Por isso, investir em tecnologia e inovações que venham a otimizar suas atividades e beneficiar os clientes, mostra porque a Sabesp é a maior concessionária de água e esgoto das Américas.

Da Assessoria de Imprensa da Sabesp

(LRK)