Propostas de preço para as obras da calha do Tietê – fase II serão abertas nesta terça-feira

Governo do Estado dá mais um passo para a realização de obras contra enchentes na Região Metropolitana de São Paulo

ter, 18/12/2001 - 9h03 | Do Portal do Governo

Nesta terça-feira, dia 18, às 10 horas, o secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Antônio Carlos de Mendes Thame, e o superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Ricardo Borsari, estarão presentes na abertura das propostas de preço das empresas pré-qualificadas para a execução das obras de rebaixamento da calha do rio Tietê – fase II. Esta é a segunda etapa da licitação internacional para o aprofundamento de 25 quilômetros do rio Tietê, entre a barragem da Penha e o Cebolão.

Estas obras fazem parte de um importante pacote de realizações no qual o Governo do Estado vem se empenhando para resolver o grande problema das enchentes que atinge, todos os anos, a Região Metropolitana de São Paulo. Realizadas pelo DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica, autarquia vinculada à Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, elas são financiadas pelo JBIC – Japan Bank for International Cooperation.

Fazem parte desse conjunto de obras a primeira fase de rebaixamento da calha do rio Tietê, a canalização do rio Cabuçu de Cima e a construção de dois novos reservatórios no Sistema Alto Tietê, o de Biritiba e o de Paraitinga, os quais, além de auxiliar na redução da ocorrência de enchentes e inundações, servirão de importante reforço ao sistema de abastecimento de água para a Capital e Região Metropolitana.

Orçadas em R$ 800 milhões, pelo governo que antecedeu o de Mário Covas, as mesmas obras foram licitadas por preços 40% abaixo dos valores previstos, o que gerou um saldo, amplificado pela desvalorização, de quase
R$ 580 milhões. Com a autorização do governo japonês para usar este saldo, vai ser possível executar o segundo trecho do aprofundamento da calha do rio Tietê.

As obras de rebaixamento da primeira fase da calha foram iniciadas em dezembro de 1997 e concluídas em dezembro de 2000. São 16 quilômetros do rio entre a barragem de Edgard de Souza e o Cebolão, abrangendo os municípios de São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Santana do Parnaíba. Neste trecho a capacidade de vazão do rio aumentou de 700 para 1.400 metros cúbicos por segundo, causando reflexos positivos na diminuição dos efeitos das chuvas na Capital.

Segundo o secretário de Recursos Hídricos, Mendes Thame, os efeitos destas intervenções já foram sentidos no bairro Rochdalle, no município de Osasco, que pela primeira vez, em muitos anos, não sofreu com as inundações do rio Tietê. O secretário esclarece também que a segunda fase das obras é a que apresenta maiores dificuldades técnicas para a execução, em virtude das inúmeras interferências, como pontes, adutoras, interceptores, coletores-tronco de esgotos, tubulações de energia elétrica, linhas telefônicas, de gás encanado e principalmente as vias marginais do rio Tietê.

A abertura das propostas será na rua Butantã, 285 – 5º andar.