Projeto Tietê: Obras impedem que 300 mi de litros de esgoto sejam despejados no Alto Tietê

Obras seguem por toda região metropolitana

qua, 10/12/2003 - 14h48 | Do Portal do Governo

A Região Metropolitana de São Paulo está tomada pelas obras do Projeto Tietê, realizadas pela Sabesp desde 1992, mas de uma forma que pouca gente percebe. Isso porque grande parte das construções é subterrânea e realizada em pequenos trechos, causando pouca interferência no dia-a-dia da população.

São construções de coletores-tronco e interceptores que levam o esgoto para as Estações de Tratamento. Essas tubulações são tão grandes e extensas que se comparam às construções de túneis viários e metrôs.

Apesar de todo o planejamento e mapeamento das áreas em obras, durante as escavações subterrâneas a Sabesp pode encontrar, em alguns pontos, interferências como instabilidade do solo, galerias de águas pluviais e dutos e tubulações de outras concessionárias de serviços públicos.

Nesses casos, é preciso que se faça um novo estudo e planejamento do local, mudando o percurso da obra. Um trabalho que exige grande esforço físico por causar pouco barulho e buraco.

A construção dessas tubulações impedirá que 300 milhões de litros de esgoto sejam despejados diariamente na Bacia do Alto Tietê, a partir de 2005, quando termina a segunda etapa do Projeto.

Por ser o maior programa de despoluição de um rio na América Latina, as obras do Projeto Tietê são extensas e levam tempo, ainda mais quando se deparam com essas interferências. Para se ter uma idéia, até o fim da segunda etapa já terão sido construídos, desde o início do Projeto, 422 quilômetros de coletores-tronco e 73,8 quilômetros de interceptores.

Assim funciona o sistema de coleta e tratamento de esgoto

Desde o ano passado, quando começou a 2ª Etapa do Projeto Tietê, a Sabesp vem trabalhando para ampliar o sistema de coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. Esse sistema é formado por tubulações que recolhem o esgoto das casas e o encaminham para as Estações de Tratamento de Esgotos.

Nas casas são feitas ligações que se conectam às redes coletoras instaladas nas ruas. As redes coletores unem-se aos coletores-tronco, que são tubulações colocadas ao lado dos córregos. Dos coletores-tronco, o esgoto corre em direção aos interceptores, que são as tubulações maiores, assentadas ao lado dos rios. O ponto final da rede é uma Estação de Tratamento de Esgotos.

Durante a 2ª Etapa serão instalados 33 quilômetros de interceptores nas duas margens dos rios pinheiros e Tietê, além de 3,8 quilômetros de um trecho do Tamanduateí, e 107 quilômetros de coletores-tronco.

Água e reuso

Um dos resultados provenientes do Projeto Tietê é o aumento da capacidade de efluentes, como a água de reuso. A Sabesp, empresa responsável pelo Projeto, atualmente, tem capacidade de fornecer 156 milhões de litros de água de reuso por mês.

A empresa já conta com parcerias com as cidades de São Caetano do Sul, Barueri e Carapicuíba e, desde o mês passado, a Prefeitura de São Paulo também passou a utilizar água de reuso.

No município de São Paulo, serão 19 milhões de litros por mês para a lavagem de ruas, praças públicas e limpeza de prédios públicos, o que equivale ao abastecimento de água para 1.200 famílias por mês.

A água de reuso pode ser utilizada para lavagem de ruas, pátios e veículos, no combate a incêndio, irrigação de áreas verdes e desobstrução de redes coletoras de águas pluviais. Assim, com a água de reuso é possível economizar água potável.

Da Assessoria de Imprensa do Projeto Tietê/ L.S.