Conclusão do Projeto Tietê fará com que o esgoto produzido por 2 milhões de pessoas deixe de poluir as represas Billings e Guarapiranga, o Rio Pinheiros e seus afluentes, e passe a ser tratado na Estação de Barueri.
A expectativa é a de que as empresas públicas e privadas que apoiam o Projeto Pomar no Rio Pinheiros também atuem no Tietê. De acordo com Alckmin, esta nova fase deverá atrair muitos parceiros, pois a visibilidade do jardim é maior na Marginal Tietê.
A construção do interceptor faz parte do Projeto Tietê, que até o fim de 2005 irá coletar o esgoto de mais 400 mil residências em São Paulo.
‘Nós vamos escolher estes trechos que já estão liberados para fazer o projeto piloto’, informou Alckmin. Ele destacou que, além do ganho ambiental e da beleza da paisagem, o Projeto Pomar tem papel relevante na geração de emprego.
Alckmin anunciou o início do projeto piloto para plantio de um jardim nos 24,8 quilômetros entre o Cebolão e a Barragem da Penha
As margens do Rio Tietê ganharão um jardim com árvores nativas, palmeiras, herbáceas e flores, num trecho de 24,8 quilômetros, entre o Cebolão e a Barragem da Penha. O Projeto Pomar, que já mudou o cenário nas margens do Rio Pinheiros, será iniciado em 40 dias no Tietê. O governador Geraldo Alckmin, que anunciou nesta quinta-feira, dia 5, a implantação do projeto piloto no local, também vistoriou as obras de um interceptor de esgotos na Zona Sul da Capital e assinou autorização para o início de estudos de um programa para recuperar as matas ciliares.
Esta nova etapa do Projeto Pomar só será possível porque as montanhas de lama e sujeiras, retiradas com o rebaixamento da calha do Tietê, não serão mais depositadas nas margens do Rio. Alckmin explicou que todo esse material assoreado, que antes ficava empilhado na lateral do Tietê, aguardando a chegada de caminhões para retirá-los, agora está sendo transportado por barcaças.
As obras de rebaixamento da calha do Tietê só serão finalizadas no fim deste ano, mas em alguns trechos da margem do Rio não há mais necessidade de movimento de máquinas. “Nós vamos escolher estes trechos que já estão liberados para fazer o projeto piloto”, informou o governador. Ele destacou que, além do ganho ambiental e da beleza da paisagem, o Projeto Pomar tem papel relevante na geração de emprego. “Cerca de mil pessoas das Frentes de Trabalho já passaram pelo Projeto Pomar. Eles estavam desempregados e aprenderam em nove meses a trabalhar com jardinagem. Muitas pessoas já estão vindo buscá-los para serem jardineiros”, disse.
A expectativa é a de que as empresas públicas e privadas que apoiam o Projeto Pomar no Rio Pinheiros também atuem no Tietê. De acordo com Alckmin, esta nova fase deverá atrair muitos parceiros, pois a visibilidade do jardim é maior na Marginal Tietê. “Na Marginal Pinheiros o jardim fica um pouco afastado e a visibilidade dos motoristas não é tão grande. Já na Marginal Tietê, o motorista passará praticamente grudado no jardim”, comparou. As empresas parceiras são responsáveis pelo plantio das mudas e manutenção, pelo prazo de cinco anos, de trechos com aproximadamente um quilômetro de extensão.
Projeto Tietê
Alckmin também vistoriou as obras de um interceptor na Zona Sul da Capital. A construção do interceptor faz parte do Projeto Tietê, que até o fim de 2005 irá coletar o esgoto de mais 400 mil residências em São Paulo. “É um programa fundamental, pois o esgoto de aproximadamente 2 milhões de pessoas deixará de poluir as represas Billings e Guarapiranga, o Rio Pinheiros e seus afluentes. Este esgoto passará a ser tratado na Estação de Barueri”, explicou.
Recuperação de matas ciliares
O governador anunciou ainda a doação de US$ 7 milhões por parte do Global Environmental Facility, vinculado ao Banco Mundial, para o Governo do Estado desenvolver um programa de recuperação das matas ciliares da Região Metropolitana. Alckmin assinou a autorização para que a Secretaria do Meio Ambiente inicie os estudos para realização do programa. A idéia é recuperar as áreas que ficam localizadas nas margens dos rios, num trecho de 50 metros de extensão. “As várzeas, no passado, foram ocupadas pelo homem indevidamente, temos de devolver estas várzeas aos rios”, observou.
O estabelecimento de parcerias e envolvimento da sociedade civil para a gestão e implantação de melhorias nos parques da capital foi outro tema abordado. No mês passado, a gestão do Parque Villa Lobos foi transferida para a Secretaria do Meio Ambiente. O secretário José Goldemberg informou que a área verde deste parque será toda recuperada, em parceria com a empresa Comgás.
Rogério Vaquero / Cíntia Cury
