Projeto de Educação Sexual do Fundo Social beneficia mais de 1.200 pessoas

Programa contou com parceria do Laboratório Pfizer e Instituto Kaplan

qua, 20/11/2002 - 14h23 | Do Portal do Governo


Como lidar com a liberdade e a responsabilidade sexual entre os adolescentes? E a sexualidade na Terceira Idade e do portador de deficiência? Preocupado com estes temas, o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), do Governo do Estado, instituiu parcerias com o Instituto Kaplan e o Laboratório Pfizer, no desenvolvimento de trabalhos voltados principalmente às comunidades carentes na Capital.

Nesta terça-feira, dia 20, a presidente do Fussesp, Maria Lúcia Alckmin, apresentou o balanço da parceria criada com estas entidades, no Palácio dos Bandeirantes. O resultado foi positivo. Ao longo destes três anos, mais de 1.200 pessoas foram beneficiadas com o projeto de educação em saúde sexual.

O programa foi desenvolvido para capacitar agentes multiplicadores, tornando-os aptos a trabalhar com conceitos de saúde sexual e qualidade de vida. Por meio da ação destes agentes, são repassadas informações para diminuir o risco relacionado às drogas, doenças sexualmente transmissíveis (DST), aids e gravidez precoce. No total, o projeto capacitou 541 educadores que atuam em 110 entidades ligadas ao Fundo Social.

As atividades foram desenvolvidas por meio de palestras e jogos realizados nos espaços coordenados pelo Fundo Social: Casa de Solidariedade I e II, que juntas atendem 500 crianças; Estação Especial da Lapa, com 1.200 portadores de deficiência; e Espaço de Convivência, voltado a 700 idosos.

Uma das ferramentas utilizadas foi o jogo ‘Aprendendo a Viver’, destinado aos jovens, idealizado para ampliar o diálogo entre pais e filhos, introduzindo a responsabilidade sexual de maneira divertida e didática. Com os portadores de deficiência foi usado o livro ‘Diferente, Mas Não Desigual’; e com os idosos o jogo ‘Cartas na Mesa’.

Participaram da cerimônia representantes de entidades ligadas ao Fundo e agentes multiplicadores, que, por meio da apresentação de vídeo, ouviram os depoimentos de pais, jovens, portadores de deficiência e idosos que viam no tema sexualidade um grande tabu.
“Hoje a gente vive uma realidade em que os adolescentes iniciam sua vida sexual muito mais cedo.

Trinta e três por cento do número de partos no Sistema Único de Saúde (SUS) são de meninas que têm entre 10 e 14 anos”, explicou a sexóloga e coordenadora do Instituto Kaplan, Maria Helena Villela. Os impactos positivos e negativos que a sexualidade tem na vida das pessoas também vêm sendo discutidos com a Terceira Idade e com os portadores de deficiência.

“Os idosos estão tendo um prolongamento de sua vida sexual e com relação ao portador de deficiência, nós estamos cada vez mais preocupados em inseri-los na sociedade. A gente não pode achar que, por serem especiais, de exporem sua sexualidade, seja mais um problema na vida deles, mas sim, algo que explique claramente como eles precisam aprender para que possam viver em sociedade”, disse Maria Helena.

A presidente do Fussesp, Maria Lúcia Alckmin, agradeceu a contribuição dos parceiros do programa, que está ajudando as entidades beneficiadas a crescer, obtendo mais informações sobre a educação sexual. “Queremos levar o conhecimento também às favelas. Cuidar de gente é um trabalho diário e com as parcerias podemos fazer um mundo melhor, com menos violência”.

Valéria Cintra