Os 18 jovens da primeira turma do Programa Jardim Escola receberam da presidente do Fussesp, Lu Alckmin, o diploma de formatura, no Palácio dos Bandeirantes.
A presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), Lu Alckmin, entregou o diploma de formatura, no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com Lu Alckmin, já existem empresas e condomínios interessados em contratar os formandos dessa primeira turma. “Não basta apenas capacitar as pessoas. Temos também de empregá-las”, afirmou.
“Não basta apenas capacitar as pessoas. Temos também de empregá-las”, afirmou. Ela destacou que as pessoas têm necessidade de trabalhar para ter dignidade. “Assistencialismo não vale à pena”, enfatizou.
Os 18 jovens da primeira turma do Programa Jardim Escola, que oferece capacitação profissional em Jardinagem e Horticultura a moradores de regiões carentes da Capital, receberam da presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (Fussesp), Lu Alckmin, o diploma de formatura nesta terça-feira, dia 14, no Palácio dos Bandeirantes. De acordo com Lu Alckmin, já existem empresas e condomínios interessados em contratar os formandos dessa primeira turma. “Não basta apenas capacitar as pessoas. Temos também de empregá-las”, afirmou. Ela destacou que as pessoas têm necessidade de trabalhar para ter dignidade. “Assistencialismo não vale à pena”, enfatizou.
A moradora do bairro do Morumbi, Marlene Demétrio, participou da cerimônia para pegar os currículos dos formandos. Ela informou que seu condomínio tem a intenção de contratar pessoas para cuidar dos jardins.
O Jardim Escola está inserido no Programa de Geração de Emprego e Renda do Fussesp e tem como objetivo a formação de mão-de-obra especializada em Jardinagem e Horticultura para o resgate da cidadania e da auto-estima. A oportunidade de profissionalização no Jardim Escola será oferecida a 120 jovens por ano.
Os formandos foram indicados pelos líderes comunitários das entidades sociais da Capital cadastradas no Fussesp. Nessa primeira turma, foram privilegiados os homens. A presidente do Centro de Convivência Itatinga, na Favela do Pantanal, Zona Sul da Capital, Maria de Lourdes Teixeira, indicou dois jovens para participar do curso. O critério adotado por ela foi o grau de necessidade. “São pais de família que realmente querem trabalhar”, disse.
Na opinião dela, o Jardim Escola é uma ótima iniciativa do Fundo Social de Solidariedade do Estado. “Muita gente acha que é importante doar cesta básica, doar comida. Eu não. Acho que o povo quer trabalho. O homem, para ter dignidade, tem de levar o pão para os filhos. Ninguém é feliz vivendo de ajuda”, enfatizou.
Morador do bairro de Cidade Tiradentes, no extremo Leste da Capital, Isaías Amaro de Souza participou do Jardim Escola e orgulha-se em dizer que nunca faltou às aulas. “Achei o curso muito bom mesmo. O pessoal da área, professores e pesquisadores, estão entre os melhores do Brasil”, elogiou. Desempregado desde 2001, ele sobrevive realizando trabalhos temporários. A expectativa, agora, é conquistar um emprego fixo como jardineiro.
Mulheres também poderão participar do próximo grupo
O próximo grupo, que contará com 30 alunos, terá início em fevereiro de 2005, com uma novidade: as vagas serão abertas também para mulheres. Lu Alckmin informou que os participantes já estão sendo selecionados.
O curso é ministrado no Jardim Botânico de São Paulo (localizado no bairro da Água Funda), numa área preparada especialmente para este fim, que foi reformada por um dos parceiros do Fundo Social de Solidariedade, o grupo Bayer. Tem 240 horas de carga horária, divididas em oito semanas, com seis horas diárias de aula, de segunda a sexta-feira.
De acordo com o diretor-geral do Instituto de Botânica, Luiz Mauro Barbosa, mais de 20 pesquisadores estão participando voluntariamente da programação do curso, inclusive ele, que ministrou aula de como formar uma pequena floresta para o primeiro grupo de alunos.
Lu Alckmin destacou a importância da participação dos parceiros. Além das reformas do espaço, eles também foram responsáveis pela alimentação e transporte dos alunos, além das doações de ferramentas, tanto as que foram usadas durante o curso, quanto as entregues aos formandos. Entre as empresas que estão participando do Jardim Escola estão Bosch, Carrefour, Corneta Ferramentas, De Nadai Alimentação, Fast Shop, Fiaflora, ExpoGarden, Ajude Por Um Futuro Com Mais Saúde, Sete Léguas (Alpargatas), Escola Morumbi, Secretaria dos Recursos Hídricos (Sabesp), Amaral Sign’s Comunicação Visual, Imprensa Oficial, Rede Brasileira de Jardins Botânicos, Pindorama Paisagismo, Sinal Verde Consultoria Ambiental, Itograss, Departamento de Parques e Áreas Verdes.
Segundo o gerente de Desenvolvimento Sustentável do Carrefour, Fernando Costa, a empresa investiu cerca de R$ 2,5 mil no programa, com a doação de kits de ferramentas e transporte. Ele garantiu que a parceria continuará em 2005. Costa lembrou que o grupo participa também de outros programas do Fundo Social de Solidariedade do Estado, como as Padarias Artesanais e a Campanha do Agasalho.
Para participar do Jardim Escola, além da indicação do líder comunitário, é preciso ter mais de 18 anos, ser alfabetizado e residir na Região Metropolitana de São Paulo. A seleção final é feita pelo Fundo Social. A capacitação profissional e a metodologia são oferecidos pelo corpo técnico do Instituto de Botânica, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, e o material didático e ferramentas são doados por parceiros do Fussesp. “As pessoas precisam de uma oportunidade e o Jardim Escola está dando essa oportunidade”, afirmou Lu Alckmin.
Os interessados devem procurar as lideranças comunitárias de entidades assistenciais cadastradas no Fundo Social de Solidariedade que atuem na região onde moram.
Cíntia Cury
