‘Até o começo do século XVIII, a língua tupi-guarani era a mais falada no Brasil. Precisamos resgatar a nossa cultura e a nossa história’, disse Alckmin.
O lançamento do Curso de Magistério Intercultural Superior Indígena – Licenciatura Plena em Pedagogia realizado nesta quarta-feira, dia 17, pelo governador Geraldo Alckmin.
Os professores das escolas indígenas do Estado de São Paulo serão formados em nível superior, no curso de Pedagogia. Elaborado por docentes da Universidade de São Paulo (USP), o curso irá atender 81 professores das 26 escolas indígenas.
O curso, que terá 3.470 horas de aula, será ministrado nas dependências da USP com o objetivo de fortalecer o ensino nas escolas indígenas e garantir o aprendizado bilíngue dos alunos: Português e o Idioma indígena
Os professores das escolas indígenas do Estado de São Paulo serão formados em nível superior, no curso de Pedagogia. Elaborado por docentes da Universidade de São Paulo (USP), o curso irá atender 81 professores das 26 escolas indígenas espalhadas pelo território paulista. Com esse novo programa, São Paulo garantirá o cumprimento das determinações da Constituição Brasileira e da Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
Atualmente, todos os professores da rede pública paulista já receberam a graduação superior. Essa medida permitiu a São Paulo cumprir a determinação da LDB antes do prazo estabelecido pelo Plano Nacional de Educação, o qual exige que os professores públicos brasileiros concluam um curso universitário até 2007.
Agora, São Paulo dá outro exemplo ao País. Os professores indígenas também terão a oportunidade de ser pedagogos, no prazo de três anos, com o lançamento do Curso de Magistério Intercultural Superior Indígena – Licenciatura Plena em Pedagogia realizado nesta quarta-feira, dia 17, pelo governador Geraldo Alckmin. ‘Até o começo do século XVIII, a língua tupi-guarani era a mais falada no Brasil. Precisamos resgatar a nossa cultura e a nossa história’, disse Alckmin.
O curso, que terá 3.470 horas de aula, será ministrado nas dependências da USP com o objetivo de fortalecer o ensino nas escolas indígenas e garantir o aprendizado bilíngue dos alunos: Português e o Idioma indígena. No Estado de São Paulo há cinco etnias indígenas, cada uma com um idioma distinto – Guarani, Tupi-guarani, Kaingang, Terena e Krenak. Nas escolas indígenas, estudam 1.026 alunos.
O secretário da Educação, Gabriel Chalita, destacou que atualmente o Ministério da Educação está destinando recursos para os Estados garantirem o ensino médio aos professores indígenas. ‘São Paulo fez isso antes e agora já está oferecendo o ensino superior a esses professores’, comparou.
Alckmin lembrou que o Governo do Estado realiza uma política específica de apoio e integração à cultura indígena. Além do apoio educacional, foram entregues 57 unidades habitacionais nos moldes da cultura indígena e outras 118 estão sendo implantadas. No setor da Saúde, seis hospitais públicos foram capacitados como referência no parto para a cultura indígena. ‘Também estamos atuando na demarcação de terras em três aldeias indígenas’, ressaltou o governador, informando ainda que em São Paulo foi criado o Conselho Estadual dos Povos Indígenas.
O presidente deste Conselho, Cacique Adolfo Timotio Verá Mirim, elogiou o programa de graduação dos professores. ‘Essa é uma grande oportunidade que está sendo oferecida. Com o conteúdo do curso vamos garantir a educação tradicional indígena e ao mesmo tempo dominar as novas técnicas de educação da sociedade brasileira’, analisou.
Rogério Vaquero
