Professor da rede estadual ganha 131 bolsas de estudos no exterior e 1.780 em São Paulo

Programa de extensão e mestrado no exterior vem sendo implantado desde o ano passado

seg, 17/01/2005 - 14h48 | Do Portal do Governo


Elaine Nogueira Dálio é professora de Língua Portuguesa e leciona há 15 anos na Escola Estadual Dr. Ernesto Fonseca, na cidade de Chavantes, região de Ourinhos. No ano passado, ela foi uma das 30 professoras a cursar especialização de um mês em Salamanca, na Espanha. Além de Língua Espanhola, estudou Diretrizes Orais, Cultura Espanhola e Tradução Português-Espanhol. Tudo isso, sem gastar um centavo, já que a viagem, estada e as despesas do curso foram custeadas pelo Governo do Estado, em parceria com a iniciativa privada. Essa não foi uma iniciativa isolada. Trata-se de uma iniciativa do Governo paulista para a valorização do professor.

Este ano, outros professores da rede terão a mesma oportunidade. Nesta segunda-feira, dia 17, o governador Geraldo Alckmin autorizou que outras 30 bolsas para participação em programa de extensão universitária sejam concedidas a professores da Educação Básica II, na mesma universidade, em Salamanca, numa parceria com o Banco Santander. Também autorizou a concessão de 100 bolsas mestrado para professores da rede na Universidade de Londres, na Inglaterra, que contará com a parceria da própria universidade; e uma bolsa mestrado na Universidade de Santiago da Compostela (Espanha), com parceria da Fundação Telefônica da Espanha. A vaga foi concedida a uma diretora de escola da Zona Leste da Capital, que já está no país. Além disso, assinou a autorização para mais 1.780 bolsas mestrado em universidades do Estado de São Paulo, que vão receber professores da rede ao longo de 2005.

O Governo paulista vem realizando diversos programas para valorizar e qualificar os professores. São Paulo foi o primeiro Estado brasileiro a cumprir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, tendo todos os professores efetivos com curso universitário. Depois, vieram as bolsas mestrado e, agora, a experiência internacional. Além disso, a atual administração também criou um programa para que todos os professores possam ter computadores ligados à internet em casa. “O caminho para melhorar a qualidade da escola é investir no professor”, afirmou Alckmin. Também destacou que a Educação é responsável pela redução da distância social.

“É muito difícil conseguir fazer um mestrado em Londres, pela complexidade, pelo custo, conhecimento da língua. Então, estamos dando essa oportunidade para que alguns professores fiquem dois anos fazendo mestrado. E eles têm o compromisso de continuar na rede por, pelo menos, o mesmo tempo”, explicou o secretário da Educação, Gabriel Chalita.

Para participar dos mestrado e especialização no exterior, o professor tem que se inscrever e passar por testes com critérios definidos para cada programa.

Já para participar da bolsa mestrado, basta passar nos exames de universidades recomendadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, e se comprometer a ficar na rede pelo menos o mesmo tempo em que esteve afastado.

“Ações desse tipo mostram ao professor o quanto ele é importante para o Estado e para a sociedade. Ao mesmo tempo, isso se reflete na melhoria da escola”, afirmou o secretário, acrescentando: “Toda comunidade ganha com um professor que vai estudar no exterior”.
Chalita afirmou ainda que o Estado está trabalhando para ampliar essas oportunidades, buscando bolsas em universidades de outros países, como Portugal, Chile e Argentina, entre outros.

Cíntia Cury