Arroz, feijão, laranja, soja, tomate, aves, ovos e suínos ficaram mais baratos no primeiro mês do ano, segundo pesquisa do Instituto de Economia Agrícola, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que analisa diariamente a evolução dos preços pagos aos produtores rurais por 19 diferentes alimentos e matérias-primas.
O preço da carne bovina ficou estável e o do leite subiu. O arroz ficou 8,8% mais barato e o preço do feijão, que esteve em alta no começo do mês, caiu 1,5%. Durante o ano passado, a alta do arroz foi de 16% e a do feijão de 7,6%.
O maior aumento de preços em janeiro foi o do leite, que chegou a 7,69%, após um longo período de queda, iniciado em agosto de 2001 e que resultou em baixa de 12,5% em um ano. A alta de agora resulta da menor oferta, explica o pesquisador do IEA, Nelson Martin.
Subiram também os preços de café, batata, cebola, trigo, algodão, amendoim. Mantiveram-se estáveis em relação a dezembro os preços da carne bovina, da cana-de-açúcar e da banana.
A variação negativa de 2,33% no Índice de Preços Pagos ao Produtor Rural (o IPR, medido pelo IEA) se contrapõe ao aumento registrado em outros indicadores já divulgados para janeiro: 0,36% do IGP-M e 0,70% da estimativa do IPC da Fipe.
Isso indica que está havendo perda no poder de troca dos agricultores de quase 2 pontos percentuais, quando comparado ao Índice Geral de Preços do Mercado, medido pela Fundação Getúlio Vargas, e um pouco menor (1,63) quando comparado ao da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP.
Mas, no acumulado de 12 meses (janeiro de 2002 como base), o IPR soma 24,20% e supera os demais indicadores (IGP-M de 10,10% e IPC de 7,47%). Isso indica ganho para os agricultores de mais de 16 pontos.
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