No 1º semestre de 2004 as exportações do agronegócio em São Paulo cresceram 42%, atingindo US$ 4,53 bilhões, enquanto as importações aumentaram menos de 17%, somando cerca de US$ 1,62 bilhão, com saldo de US$ 2,91 bilhões, 61,7% maior do que o do primeiro semestre de 2003.
Naquele período foi registrado saldo de US$ 1,80 bilhão. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Já as exportações do setor no Brasil aumentou em 36,5%, US$ 19,60 bilhões (45,3% do total). As importações do setor subiram 20,2%, também em comparação com igual período de 2003, somando US$ 4,47 bilhões (15,8% do total).
O superávit do agronegócio foi de US$ 15,13 bilhões, 42,2% superior ao do período janeiro-junho do ano anterior. “São Paulo mostra um crescimento maior em suas exportações do agronegócio, o que reforça que o negócio de São Paulo é mesmo o agronegócio. Não somos grandes produtores de grãos, como a soja por exemplo, mas nos superamos na agregação de valor aos produtos”, afirma o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira.
A afirmação se confirma quando se compara a exportação dos principais agregados de cadeias de produção paulista e brasileiro. Em São Paulo, no primeiro semestre de 2004, foram: bovinos (US$ 1.105,85 milhão); cana e sacarídeas (US$ 780,16 milhões); produtos florestais (US$ 598,48 milhões); frutas (US$ 533,51 milhões), especialmente suco de laranja (US$ 499,69 milhões) e cereais / leguminosas / oleaginosas (US$ 503,71 milhões).
No caso do Brasil, os principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio foram: cereais / leguminosas / oleaginosas (US$ 6.232,72 milhões); produtos florestais (US$ 3.265,33 milhões); bovinos (US$ 2.549,70 milhões); suínos e aves (US$ 1.641,18 milhões) e cana e sacarídeas (US$ 1.209,29 milhões).
Este desempenho do agronegócio paulista reflete na balança comercial total do Estado. As exportações de São Paulo somaram US$ 13,97 bilhões (32,3% do total nacional), e as importações US$ 12,78 bilhões (45,2% do total nacional), registrando superávit de US$ 1,19 bilhão, quase 200% maior do que no primeiro semestre de 2003. Em relação a igual período do ano anterior, o valor das exportações aumentou 38,0% e o das importações 31,5%. No 1º semestre do ano passado, nosso superávit havia sido de US$ 400 milhões.
Para o diretor do IEA, o pesquisador Nelson Batista Martin, estes números mostram o dinamismo da economia paulista. “As exportações de São Paulo aumentaram 38% e o no país houve um crescimento de 31,2% no período”.
Segundo ele, outro dado que representa nosso crescimento está no aumento de participação paulista nas exportações brasileiras. “No 1º semestre de 2003 respondíamos por 30,7% das exportações totais e neste ano alcançamos já no 1º semestre 32,3%. Se continuarmos neste ritmo, a tendência é aumentar esta fatia”, acredita Martin.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 15,05 bilhões no período janeiro a junho de 2004, com exportações de US$ 43,31 bilhões e importações de US$ 28,26 bilhões. Esse superávit, 44,9% maior do que o de igual período em 2003, resultou de aumento nas exportações (+31,2%) superior ao das importações (+25,0%).
As importações do agronegócio paulista representaram 36,2% do total importado pelo agronegócio do país, cerca de 1,2 ponto percentual a menos do que em igual período do ano passado.
A quantidade de produtos do agronegócio exportada pelo Brasil cresceu 38,6%, quando comparada com a de igual período em 2003, enquanto a quantidade exportada pelo Estado de São Paulo aumentou 33,7%.
Os preços dos produtos do agronegócio exportados diminuíram 1,4% em nível nacional e aumentaram 6,8% no âmbito de São Paulo. Entre os produtos que apresentaram crescimento de quantidades exportadas, destacaram-se no agronegócio, em nível nacional, açúcar (51,6%), madeira e seus produtos (20,2%) e carnes (20,1%).
Cerca de 49,4% do valor das exportações do agronegócio, no primeiro semestre de 2004, corresponderam, em nível nacional, a produtos industrializados (manufaturados e semimanufaturados). No Estado de São Paulo, a participação de produtos do agronegócio industrializados foi bem maior (70,4% do total).
Confira estudo da balança comercial completo – 1º semestre de 2004
www.iea.sp.gov.br.
Do Instituto de Economia Agrícola
C.A.
