Produção: IEA realiza estimativa sobre custo do tomate industrial para a safra 2002/2003

O custo médio deve ser R$111,00 por tonelada

seg, 02/12/2002 - 20h47 | Do Portal do Governo

O custo operacional de produção de tomate destinado à industrialização, considerada a principal região de produção no Estado de São Paulo (EDR de Novo Horizonte), em 2002/2003, está sendo estimado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) em R$ 6.560,20 por hectare, para uma produção média de 59.172 kg, o que significa um custo médio de R$111,00 por tonelada.

Analisando-se a composição do custo, verifica-se que as despesas com os itens mão-de-obra (volante e tratorista) e maquinário empregado na produção respondem por cerca de 20% do custo total de produção, enquanto que só a operação de colheita realizada sob o regime de empreita responde por 24% do gasto total.

O item que isoladamente mais onera o custo operacional total fica por conta dos gastos com materiais consumidos na atividade, que atingem 49% do total. Os demais itens (depreciação de máquinas, juros sobre o capital de custeio e valor de arrendamento) respondem pelos 7% restantes.

Cabe destacar que se considerou apenas a metade do valor do arrendamento na composição desse item, já que, para evitar a incidência de doenças, o produtor utiliza a mesma terra para outro cultivo anual.

Na safra passada, o preço médio pago ao produtor foi de R$85,00/t, chegando a atingir R$100,00/t, dependendo da qualidade do produto e da menor oferta no final do período de safra. Se o preço médio permanecer nesse patamar em 2003, somente os produtores que conseguirem produtividade superior à média regional não terão dificuldades em cobrir o custo estimado de produção para a próxima safra.

Assim, é imprescindível que no acordo individual, entre indústria e produtor, ainda por ser firmado, isso seja levado em consideração para que não ocorra recuo da área a ser plantada em 2003. Em 2002, a área de plantio com tomate rasteiro no Estado atingiu 3,57 mil hectares, apresentando um incremento de 12,3% em relação à safra anterior, o que resultou em produção de 256,25 mil toneladas, 24% maior que a obtida em 2001.

A expectativa, entretanto, é de que as condições de negociação da safra sejam favoráveis ao produtor, tendo em vista que com a evasão de grandes unidades processadoras para outros estados da Federação, atraídas pelas isenções de impostos, as pequenas empresas processadoras encontraram espaço para sua expansão, tendo havido desde fusões até mesmo instalação de novas unidades.

Em vista disso, espera-se que a demanda pelo produto se mantenha firme, facilitando os acordos individuais de comercialização e, consequentemente, senão o aumento pelo menos a manutenção da área de plantio estadual.

C.A