Procon: Taxas médias de empréstimo pessoal e de cheque especial não apresentam variação

Foram pesquisadas dez instituições financeiras nos dias 1º, 2 e 3 de setembro

seg, 20/09/2004 - 12h48 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, nos dias 1º, 2 e 3 de setembro, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. Os bancos pesquisados foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Os juros bancários não apresentaram variações significativas nas taxas médias deste mês. Das dez instituições pesquisadas, apenas uma reduziu sua taxa de empréstimo pessoal. As demais instituições mantiveram as mesmas taxas. No cheque especial, não houve alterações.

Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,14% a.m., inferior à do mês anterior, que foi de 5,16% a.m., significando um decréscimo de 0,02 pontos percentuais. Ao ano, a taxa equivalente é de 82,56%.

A única queda verificada na taxa de empréstimo pessoal foi do Banespa, que alterou de 5,78% para 5,60% a.m. (voltando à taxa praticada desde o início do ano), o que significa um decréscimo de 0,18 pontos percentuais, representando uma variação negativa de 3,11% em relação à taxa de agosto/04.

As demais instituições mantiveram suas taxas inalteradas.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 7,99% a.m., não havendo quaisquer alterações em relação a agosto/2004. Ao ano, a taxa equivalente é de 151,50%.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Conclusão

Os dados desta pesquisa foram coletados antes da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom – setembro de 2004) e, consequentemente, a respectiva análise leva em conta a reunião de agosto, na qual a taxa selic foi mantida em 16,00% ao ano.

O resultado da pesquisa mensal de taxas de juros para Empréstimo Pessoal e Cheque Especial demonstra a cautela com que o mercado está interpretando os rumos da política monetária. Optou-se pela manutenção, tendo em vista que a alteração observada na taxa média do Empréstimo Pessoal foi insignificante.

Os juros continuam ainda muito elevados e não há perspectiva de redução tão cedo. O consumidor deve ficar atento e não ceder aos impulsos, principalmente diante das facilidades oferecidas pelos bancos, como créditos pré-aprovados e aumentos do limite de cheque especial. Quanto maior a disponibilidade de dinheiro (crédito) em conta corrente, maior a tentação de gastá-lo e dele se apropriar como se fosse uma extensão do seu salário. Basta fazer uma conta simples: a utilização de um crédito de R$ 1.000,00, no cheque especial, durante 30 dias, pode representar um custo de, aproximadamente, R$ 80,00 (quantia suficiente para comprar 10 kg de carne de primeira). Ao final de um ano, utilizando o mesmo crédito, o dinheiro destinado ao pagamento dos juros seria suficiente para comprar, por exemplo, uma TV 29” de boa qualidade.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça