Procon: Taxa de juros mostra discreta elevação em setembro

Consumidor deve ter cautela com relação à contratação de empréstimos

qua, 21/09/2005 - 18h48 | Do Portal do Governo

Levantamento elaborado pelo Procon-SP constata que das dez instituições bancárias pesquisadas, duas elevaram as taxas de empréstimo pessoal e uma diminuiu. No cheque especial, três elevaram as taxas e não houve nenhuma queda.

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, nos dias 12 e 13 de setembro, pesquisa de taxa de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. Os bancos que fizeram parte da pesquisa foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,46% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 5,44% a.m., significando um acréscimo de 0,02 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

Banespa – alterou de 5,75% para 5,80% a.m., o que significa um acréscimo de 0,05 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,87% em relação à taxa de agosto/05;

Real – alterou de 5,70% para 5,90% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 3,51% em relação à taxa de agosto/05.

A única queda constatada foi por parte do HSBC, que alterou sua taxa de 5,10% para 5,07% a.m., o que significa um decréscimo de 0,03 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,59% em relação à taxa de agosto/05.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,32% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,29% a.m., significando um acréscimo de 0,03 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

Banespa e Santander – alteraram de 8,40% para 8,50% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,19% em relação à taxa de agosto/05;

Banco do Brasil – alterou de 7,99% para 8,03% a.m., o que significa um acréscimo de 0,04 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,50% em relação à taxa de agosto/05.

Não houve quedas no cheque especial. Os demais bancos mantiveram suas taxas.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Os juros continuam apresentando elevações. As taxas médias das duas modalidades de crédito pesquisadas registram, desde o início do ano, elevações mensais pouco expressivas, porém contínuas. Os acréscimos nas taxas médias mensais não chegam a 0,10 ponto percentual, no entanto, além de contínuos, incidem sobre taxas já bastante elevadas.

Na reunião de agosto, o COPOM (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 19,75% ao ano, pelo terceiro mês consecutivo. Na reunião de setembro, a decisão foi pelo corte de 0,25 ponto percentual, alterando a taxa básica de 19,75% para 19,50% ao ano.

A pesquisa de taxas de juros de setembro, excepcionalmente, não foi realizada no início do mês e, desta forma, sua divulgação se deu após a reunião de setembro do COPOM. Seus resultados, no entanto, refletem o comportamento cauteloso das instituições financeiras, no contexto de manutenção da taxa básica definida na reunião de agosto.

A recente decisão do COPOM, de baixar a taxa SELIC, poderá desencadear alguma reação baixista nas taxas de juros praticadas pelos bancos, já a partir do próximo mês. De qualquer modo, só com os resultados da pesquisa de outubro poderá se confirmar esse fato.

Por enquanto, o consumidor deve assumir uma posição de cautela em relação à contratação de empréstimos, pois as taxas continuam muito altas. Com a perspectiva de queda dos juros que se anuncia, vale a pena aguardar taxas mais atraentes.

Da Assessoria imprensa Procon-SP/Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania

C.C.