Procon-SP: Cesta básica de novembro apresenta alta de 0,28%

Dos 31 produtos pesquisados, 17 apresentaram alta, 13 diminuíram de preço e 1 permaneceu estável

qui, 09/12/2004 - 20h19 | Do Portal do Governo

No mês de novembro de 2004, o valor da cesta básica do paulistano apresentou alta de 0,28%, revela pesquisa do Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio da cesta, que no dia 29/10/04 era R$ 214,75 passou para R$ 215,36 em 30/11/04. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação, 0,40%, Limpeza, 0,00% e Higiene Pessoal, – 0,34%. A variação no ano é de 0,33% (base 29/12/03), e nos últimos 12 meses, de 2,73% (base 28/11/03).

Dos 31 produtos pesquisados, na variação mensal, 17 apresentaram alta, 13 diminuíram de preço e 1 permaneceu estável.

O grupo alimentação foi o que registrou maior variação positiva (0,40%). Dentre os produtos que compõe o grupo, os destaques foram para a carne de primeira (kg), que registrou aumento de 7,49%; o Macarrão c/ovos (pacote de 500 g.), que registrou aumento de 4,76%; a carne de cegunda s/osso (kg), que registrou aumento de 4,73% e a linguiça fresca (kg), que registrou aumento de 4,62%.

A carne de primeira apresentou, nos quatro primeiros meses do ano, variações negativas de preço. Em maio e junho os preços voltaram a subir, seguindo-se variações negativas e positivas alternadas e de pouca magnitude. A variação positiva registrada em novembro foi a mais expressiva do ano.

A carne de segunda s/ osso não apresentou, ao longo do ano, grandes picos de alta ou baixa nos preços, mantendo um comportamento relativamente estável. A variação positiva em novembro também foi a mais expressiva do ano. O macarrão com ovos, a exemplo da carne bovina, não apresentou variações significativas de preços, tendo registrado, em novembro, a segunda maior variação positiva do ano (a maior foi em agosto: 5,43%).

A linguiça fresca iniciou o ano em queda, como a maioria dos produtos da cesta básica. A variação negativa mais acentuada se deu em julho, com 10,32%. Os meses de agosto e setembro registraram as maiores variações positivas: 9,39% e 10,73% respectivamente.

Destacamos, ainda, no mês de novembro, o feijão carioquinha (pacote de 1 kg), que apresentou aumento de 4,17%. Apesar de não figurar entre os maiores aumentos, está entre os produtos que mais pressionaram a alta, considerando seu peso na cesta.

O item com maior variação negativa do grupo Alimentação, em novembro, foi a cebola (kg), que apresentou queda de 31,33%. Nos últimos três meses, a cebola teve sucessivas e importantes quedas de preço; ao contrário do que ocorreu nos meses de maio, junho e julho, em que foram registradas as maiores altas.

É importante salientar que os aumentos ou quedas de preço dos produtos que compõem a cesta básica nem sempre estão atrelados a algum desequilíbrio entre oferta e demanda, motivado por razões internas (quebras de safra, política de preços mínimos aos produtores, conjuntura econômica do país, etc.) ou por razões externas (mudanças no cenário internacional, restrições políticas ou sanitárias às importações brasileiras, etc.). As alterações de preços, especialmente as de pequena magnitude, podem estar refletindo tão somente procedimentos adotados por determinados supermercados da amostra, seja para estimular a concorrência, para se destacar em algum segmento, ou simplesmente para “desovar” estoques através do rebaixamento temporário dos preços.

A análise a seguir pretende focalizar, dentre os produtos com maior participação na variação do valor médio da cesta básica deste mês, aqueles cuja oferta e demanda estejam sendo (ou poderão ser) influenciados por fatores macroeconômicos.