Procon: Fundação constata pequena elevação nas taxas de juros dos bancos

Dos dez bancos pesquisados, quatro aumentaram suas taxas no empréstimo pessoal e apenas um aumentou a taxa no cheque especial

qua, 11/05/2005 - 15h58 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, nos dias 4 e 5 de maio, pesquisa de taxa de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. Os bancos que fizeram parte da pesquisa foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,39% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 5,37% a.m., significando um acréscimo de 0,02 ponto porcentual.

As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

Banespa/Santander – alteraram de 5,65% para 5,70% a.m., o que significa um acréscimo de 0,05 ponto porcentual, representando uma variação positiva de 0,88% em relação à taxa de abril/05;

Banco Itaú – alterou de 5,80% para 5,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,05 ponto porcentual, representando uma variação positiva de 0,86% em relação à taxa de abril/05;

Caixa Econômica Federal – alterou de 5,10% para 5,11% a.m., o que significa um acréscimo de 0,01 ponto porcentual, representando uma variação positiva de 0,20% em relação à taxa de abril/05.

Nenhuma queda foi constatada na taxa de juros do empréstimo pessoal.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,25% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,24% a.m., significando um acréscimo de 0,01 ponto porcentual.

A única instituição que elevou a taxa de cheque especial foi o Banco Itaú, que alterou de 8,40% para 8,50% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto porcentual, representando uma variação positiva de 1,19% em relação à taxa de abril/05.

Nenhuma queda foi constatada na taxa de juros do cheque especial.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

As taxas de juros mantêm-se praticamente estáveis, com pequena elevação dos valores médios. Neste mês, dos dez bancos pesquisados, quatro aumentaram suas taxas no empréstimo pessoal e apenas um banco aumentou sua taxa no cheque especial. Os aumentos, porém, foram inexpressivos.

Pela oitava vez consecutiva o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a taxa básica da economia – SELIC. Desta vez, de 19,25% para 19,50% ao ano.

A decisão foi unânime e causou preocupação em diversos setores da sociedade. Juros altos encarecem o crédito e dificultam o crescimento econômico. Além disso, a elevação da taxa Selic também tem impacto na dívida pública.

A justificativa para o aumento da taxa básica continua sendo os índices correntes de inflação, que podem se distanciar das metas para 2005 e 2006. No cenário externo, permanece o temor de aumento dos juros americanos e da alta dos preços internacionais do petróleo.

O consumidor que não puder adiar a contratação de um empréstimo, deve pesquisar taxas e condições de pagamento. Atualmente existem linhas especiais de crédito, com desconto em folha de pagamento, que beneficiam também aposentados e pensionistas. Os juros nessa modalidade costumam ser mais baixos do que os convencionais. Seja qual for a modalidade escolhida, é importante o consumidor avaliar sua capacidade de pagamento para não comprometer perigosamente seu orçamento.

Fundação Procon-SP
Assessoria de Imprensa

(LRK)