Procon: Empréstimo pessoal apresenta queda e cheque especial se mantém estável

Pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 2 de julho

qui, 15/07/2004 - 16h33 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, realizou uma pesquisa de taxas de juros e cheque especial para pessoa física em dez instituições financeiras, entre os dias 1º e 2 de julho. Os bancos pesquisados foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Os juros bancários apresentaram pequenas variações negativas nas taxas médias deste mês. Das dez instituições pesquisadas, duas reduziram suas taxas de empréstimo pessoal e oito mantiveram os valores. No cheque especial, não houve nenhuma mudança em relação ao mês anterior.

O Procon-SP constatou um decréscimo de 0,05 pontos percentuais em relação ao mês de junho para as taxas médias de empréstimo pessoal, que ficou em 5,23% ao mês. A taxa anual equivalente para este tipo de empréstimo, ao ano, está em 84,34%.

A taxa de cheque especial para o sexto mês de 2004 ficou em 8% ao mês, valor igual aos dos meses de maio e junho. Ao ano, a taxa equivalente é de 151,93%.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.

Vale lembrar que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Empréstimo Pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,23% ao mês, inferior à do mês anterior, que foi de 5,27% ao mês, significando um decréscimo de 0,05 pontos percentuais.

Cheque Especial

A taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 8,00% ao mês, não havendo quaisquer alterações em relação a maio e junho/04.

Conclusão

Após avaliar o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom), na reunião de junho, decidiu manter os juros básicos da economia em 16% ao ano, sem viés (mecanismo que permitiria uma mudança na taxa antes da próxima reunião do Copom). A taxa Selic, que está em vigor desde 14 de abril, deverá prevalecer até 21 de julho, data da próxima reunião. São quatro fatores que levaram o Banco Central a adotar uma postura conservadora: a inflação em alta; o repasse do aumento dos combustíveis; a alta da taxa de câmbio, com o reflexo dos insumos cotados em dólar; e, por último, os gastos com campanhas eleitorais, que devem gerar aumento de preços por prestadores de serviços.

A tendência no mercado financeiro ainda é de manutenção das taxas de juros. Somente dois bancos da amostra alteraram suas taxas no empréstimo pessoal. Quanto as taxas do cheque especial verificou-se que não houve alteração.

Portanto, apesar das taxas de juros não terem sido elevadas, o consumidor deve verificar se é, realmente, necessária a contratação de crédito, analisando se as taxas cobradas não irão aumentar demais o total do empréstimo, muitas vezes, inviabilizando o pagamento e comprometendo a renda familiar.