Praça da República e Largo do Arouche podem ser tombados

Estudos indicam a importância dos locais para a dinâmica urbana

qui, 10/04/2003 - 12h32 | Do Portal do Governo

Áreas históricas da ‘cidade nova’ ficam preservadas até a conclusão dos estudos e só poderão sofrer intervenções com aprovação do CONDEPHAAT

O Colegiado do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado), vinculado a Secretaria de Estado da Cultura, decidiu, por unanimidade, aprovar a abertura de estudo de tombamento da Praça da República e do Largo do Arouche, identificando o valor histórico dessas áreas, construídas no mesmo período, que compreende a queda do Império e o começo da República.

Os estudos iniciais indicam a importância desses espaços na dinâmica urbana, contemplando o aspecto cultural e outros fatores determinantes para a expansão da cidade naquele período. São marcos da chamada ‘cidade nova’, que se formou a partir da transposição do vale do rio Anhangabaú.

Além do reconhecimento dessa área como patrimônio cultural e da preocupação com sua possível descaracterização, o Condephaat pretende com o estudo de tombamento, assegurar a memória histórica da região, inclusive podendo orientar futuras intervenções que mais bem a qualifiquem em diversos aspectos, como segurança, circulação e paisagismo.

O Largo do Arouche se constitui num pulmão verde da cidade, com a presença de variadas espécies arbóreas. Mantém uma dinâmica social, com bares e restaurantes tradicionais, além das igualmente tradicionais floriculturas. Faz parte da história da Capital, como homenagem ao general José Arouche de Toledo Rendon – que demarcou e arruou a cidade nova, determinando um novo tipo de urbanismo. Arouche Rendon fez em sua chácara – atual Largo do Arouche – uma grande plantação de chá, introduzindo o cultivo da planta em São Paulo.

Lá, defronte ao edifício da Academia Paulista de Letras estão importantes esculturas, feitas por artistas renomados, como Brecheret e Afonso D´Escragnolle Taunay, entre outros.

A Praça da República, com seu traçado e paisagismo significativos, é um marco urbano do final do Império e início da República; palco de diversas manifestações que compõem a teia social, cultural e política da cidade. Além de abrigar edifícios históricos já tombados, como o ‘Caetano de Campos’, tem à sua volta, outros prédios de arquitetura exemplar, projetados por Oscar Niemeyer, Jaques Pillon, Frans Heep e Rino Levi.

Até o final do estudo de tombamento, qualquer obra ou intervenção no local deverá receber prévia autorização do Condephaat.

Assessoria de Imprensa
Fone: (11 ) 3351-8165
www.cultura.sp.gov.br
email: comunica7@terra.com.br

GB