Visitantes do pólo turístico conhecem um lugar que combina paisagens e patrimônio ambiental histórico, cultural e tecnológico.
Visitantes poderão fazer visitas monitoradas pela estrada, em meio à mata atlântica.
Panorama visto do Caminho do Mar.
Visitantes conhecem um lugar que combina paisagens e patrimônio ambiental histórico, cultural e tecnológico.
Privilegiado por estar a apenas 45 quilômetros do centro de São Paulo, o Pólo Ecoturístico Caminhos do Mar é mais do que uma opção de passeio para o paulistano. É um lugar que combina paisagens e patrimônio ambiental histórico, cultural e tecnológico. Em meio à Mata Atlântica, entre ipês, aroeiras, guatambus, umbaúbas e outras espécies nativas, e declarada pela Unesco como Reserva da Biosfera, a antiga estrada de Santos – um dia chamada estrada da Maioridade – é um pedaço importante da história brasileira.
Por perceber esse valor, o Governo do Estado de São Paulo desenvolveu um projeto que engloba preservação, cidadania e ecoturismo, permitindo a visitação monitorada do público nessa reserva. Os roteiros incluem desde travessia a barco pela represa Billings até expedições a pé e de micro-ônibus. Porém, por tratar-se de um empreendimento de grande porte, a quantia a ser despendia também é volumosa. Por isso o projeto foi idealizado para ser auto-sustentável e depende de parcerias com a iniciativa privada para sua total implantação.
Na área do empreendimento estão distribuídos nove monumentos, oito construídos em 1922 em comemoração ao centenário da independência do Brasil. O mais antigo, a Calçada do Lorena, construído em 1792, é uma via pavimentada por pedras que aproveitou o traçado de uma antiga trilha utilizada por índios que carregavam mercadorias entre o planalto paulista e o litoral. Infelizmente, a maior parte dos monumentos está comprometida e necessita de restauração. Daí a importância dos investimentos, que serão destinados à restauração desse importante patrimônio histórico e cultural de São Paulo e do Brasil.
Parcerias
Participam deste projeto, por meio de um Protocolo de Intenção de Parceria, as Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento; do Meio Ambiente; de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo; da Cultura e dos Transportes.
A Secretaria do Meio Ambiente é a responsável pela execução do Plano de Manejo do Parque Estadual da Serra do Mar, onde está inserido o “Caminhos do Mar – Pólo Ecoturístico” e, por meio do controle da visitação feito pela Emae, faz a medição da capacidade de suporte do local. Além disso, a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo está formando monitores ambientais que participarão do projeto. A Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo investiu na capacitação dos monitores e no planejamento turístico da Estrada. A Secretaria da Cultura lida com todas as questões acerca do patrimônio histórico e cultural. Já a Secretaria de Transportes executou a recuperação das pontes e de alguns trechos da estrada e sua manutenção.
Ainda a Fundação Patrimônio Histórico de Energia de São Paulo é a responsável pelo projeto de restauração e manutenção dos monumentos, que já tem a aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico – Condephaat.
Monitores
A primeira turma de monitores – que vão acompanhar os visitantes e contar a história dos vários aspectos do Pólo – receberam seu diploma neste sábado, dia 17. São 20 estudantes, entre 18 e 24 anos, da rede pública de ensino das cidades de Santo André e São Bernardo do Campo. Eles são formados e treinados pela Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, um grupo que busca orientar, qualificar e criar oportunidades para os jovens no mercado de trabalho e tem seu esforço coroado pela Unesco. Essa turma vai apresentar toda a beleza da Mata Atlântica e dos monumentos históricos ao público, além de alertar sobre a necessidade de sua preservação.
Jefferson Sidney da Silva, 26 anos, mora na Vila de Paranapiacaba e já trabalhou como monitor em outros parques estaduais. Ele diz que está adorando trabalhar no Caminhos do Mar em função de sua importância histórica. Já Luciene Costa Silva, 21 anos, disse que sempre teve vontade de conhecer o local e não podia perder a oportunidade de participar deste projeto.
Lilian Santos
