PM: Sistema de alimentação da corporação fornece 250 mil refeições por mês

Qualidade do serviço oferecido pelo restaurante mereceu prêmios

seg, 26/01/2004 - 20h41 | Do Portal do Governo

Enquanto almoçava, André Bidinotto, soldado em Taubaté, elogiava a comida. “É boa e cada um pode se servir à vontade”. Naquele dia, no cardápio estavam arroz, feijão, verduras, legumes e panquecas com recheio de carne moída. De sobremesa, gelatina ou fruta. Izidoro dos Santos, 79 anos, aposentado do Regimento de Cavalaria, todos os dias, há mais de 50 anos, faz as suas refeições ali. “Este lugar sempre foi muito bom, todos são bem tratados aqui.”

O lugar em questão é o restaurante, localizado no bairro da Luz, região central da cidade, onde também está a sede do Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Subsistência da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nesse Centro é coordenado o Sistema de Alimentação da PM.

São 16 unidades de produção espalhadas pela Grande São Paulo e Capital (conhecidas internamente como “ranchos”). Em todas as unidades, cozinha e restaurantes atendem aos policiais militares e aos que ainda estão em formação nos quartéis-escola. Em alguns ranchos, o trabalho é executado em sistema de autogestão e, em outros, por meio de empresas tercerizadas.

Cerca de 250 mil refeições são preparadas, mensalmente, incluindo as servidas no Presídio Militar “Romão Gomes”. Somam mais de três milhões por ano. Nos ranchos, são servidos café da manhã, almoço e jantar, todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados. Por refeição, cabos e soldados pagam R$ 1,00; sargentos, R$ 1,20; e oficiais, R$ 1,60. Café da manhã sai mais barato: de R$ 0,50 a R$ 0,80.

“É uma luta diária”, diz o tenente-coronel Sebastião do Carmo Camilo responsável pela administração do Centro de Suprimento, que fala das providências para aumentar a quantidade e melhorar a qualidade das refeições. Entre elas a adoção do sistema self service e a alteração no relacionamento com as empresas terceirizadas Os pãezinhos também passaram a ser produzidos no próprio Centro. São consumidas, em média, 225 mil unidades por mês.

Foi criado um Serviço de Apoio ao Usuário, com número de telefone à disposição para críticas, sugestões e reclamações. Seguindo os conceitos do Programa de Qualidade em curso, pesquisas de opinião são realizadas periodicamente. Em agosto de 2003, mais de 2 mil policiais foram consultados; 80% deles mostraram-se satisfeitos com o serviço.

Em reconhecimento ao trabalho realizado, o Centro de Suprimento recebeu o Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão (PPQG/2003), o Prêmio Quality, da International Quality Service e o Prêmio Polícia Militar da Qualidade (PPMQ-2003). O prêmio PPQG se propõe a recihhecer os melhores e mais eficientes modelos de gestão empresarial de todo o Estado de São Paulo. O Prêmio Polícia Militar de Qualidade busca incentivar a prática da excelência na gestão dentro da própria PM.

Hotel de Trânsito

A Polícia Militar do Estado de São Paulo mantém, no mesmo endereço do Centro de Suprimento, um hotel com 36 apartamentos destinado à hospedagem de policiais e seus familiares. No Hotel de Trânsito, como é conhecido, o policial paga R$ 16,00 a diária, com refeições inclusas. Em caso de escoltas a presos, os policiais também utilizam o hotel até o retorno às suas cidades.

O soldado Benedito do Carmo Bonilio e mais alguns companheiros vêm, a cada três semanas, escoltar presos da cidade de Assis até a Capital. Segundo ele, é muito importante ter esse suporte. O tenente João Paulino Soares e sua esposa, Sandra Cristina Soares, vieram de Roraima até São Paulo para um tratamento médico. “É muito importante para quem vem de outros Estados ter o serviço que o hotel nos oferece e a um custo acessível. Em Roraima, não temos essa infra-estrutura.”

Joice Henrique
Da Agência Imprensa Oficial