Planejamento: Seade lança livro comparando São Paulo com o Brasil e diversos países

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ter, 04/09/2001 - 15h55 | Do Portal do Governo

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade),vinculada à Secretaria de Economia e Planejamento, está lançando o livro de bolso São Paulo 2000, publicação bienal desde 1990, que traz um comparativo do desempenho socioeconômico, demográfico e de infra-estrutura do Estado de São Paulo frente ao Brasil e a um grupo de países selecionados.

Os temas abordados vão desde aspectos sociais e demográficos até finanças públicas, passando por emprego e renda, infra-estrutura, economia e comércio exterior.

A publicação bilingüe tem 254 páginas. Pode ser adquirida por R$ 15,00 ou consultada gratuitamente no Publishop do Seade, na Av.Cásper Líbero, 478, das 8h30 às 17h( tel.:3313.5777), ou ainda na página do Seade: www.seade.gov.br

São Paulo 2000 traz dados e indicadores bastante atualizados, os quais permitem avaliar que São Paulo encontra-se numa posição privilegiada quando comparado com o Brasil, mas ainda registra grandes diferenças em relação aos países desenvolvidos.

Algumas comparações existentes no São Paulo 2000, são as seguintes:

O Estado de São Paulo é mais populoso que países como Austrália, Canadá, Holanda e Suécia e tem população semelhante à Argentina, África do Sul e Espanha.

A mortalidade infantil no Estado caiu 44% entre 1990 e 1999.Ela é metade da verificada no Brasil e cerca de um quarto da registrada em países como a Nigéria e a Índia. Porém, ainda é em torno de quatro vezes maior daquelas registradas para as nações mais adiantadas como Suécia e Holanda.

Em 1999, a taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais no Estado era de 6,2%, ainda um pouco acima dos até 5% observados nos países mais ricos.

A concentração de renda no Estado de São Paulo medida pelo índice de Gini é alta (0,51), similar a de países como África do Sul (0,59), Chile (0,57) e México (0,54) e muito distante das nações que distribuem suas riqueza de modo mais igualitário como Itália (0,31), Alemanha (0,28) ou Suécia (0,25).

Enquanto o acesso da população total à água tratada no Estado de São Paulo (94%) é próximo ao dos países avançados, no caso do esgotamento sanitário (80%) essa taxa é entre 15 e 20% menor.

Em 1999, apenas 8,5% dos domicílios paulistas dispunham de TV a cabo contra 56% na Alemanha, 60% na Argentina, 74% nos EUA e 94,7% na Holanda.

Embora 63% superior ao brasileiro, o PIB per capita no Estado de São Paulo em 1998 (US$ 7.950) representava apenas um quarto do americano ou do japonês. O PIB paulista (US$ 279,2 bilhões) é maior que o de países como a Suécia, África do Sul e Portugal e apenas 6% menor que o da Coréia do Sul.

Na composição do PIB paulista o setor secundário tem peso de 40% e o terciário 55%. Este perfil é ainda distante das economias avançadas como os EUA, França e Holanda onde o secundário tem peso de 26, 27% e os serviços respondem por cerca de 70%.

O PIB paulista respondia 35,5% do brasileiro enquanto que nessa mesma relação a indústria de transformação do Estado representava 43,5%. Os principais gêneros da indústria paulista são a química (16% do total da indústria), mecânica (12%), produtos alimentares (11%) e material de transporte (11%).