Planejamento: Cepam, Metrô e CPTM participam de reunião da ABNT

Objetivo foi padronizar a sinalização do transporte coletivo permitindo a inclusão de pessoas com necessidades especiais

seg, 17/11/2003 - 17h12 | Do Portal do Governo

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) realizou no dia 14, no Cepam – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, vinculado à Secretaria de Economia e Planejamento do Estado, uma reunião para discutir os padrões de sinalização, iluminação, assentos, com o objetivo de padronizar a sinalização do transporte coletivo, em todo o território nacional, e permitir a inclusão de pessoas com necessidades especiais.

Tom Rickert, diretor executivo da ONG Access Exchange International, em San Francisco, Califórnia, expôs algumas alternativas aplicadas aos diversos meios de transporte coletivo dos Estados Unidos e do mundo. A função da ONG é divulgar experiências e idéias que estão dando certo, assim como articular alternativas para aumentar a acessibilidade da população com deficiência.

Participaram do encontro técnicos do Cepam, do Metrô, da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM), da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Transurb – RS), do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Pernambuco (CREA – PE) e de entidades de e para portadores de deficiência.

As discussões forneceram subsídios para o trabalho que será desenvolvido em breve entre o Cepam, o Metrô e a CPTM, que adaptará as estações de trem e metrô paulistanas às normas da ABNT, tornando-as acessíveis aos cidadãos que possuem necessidades especiais ou mobilidade reduzida.

A adaptação do transporte público propõe facilitar todas as ações dos portadores de deficência. Desde sua entrada nas estações até tarefas que, para a maioria das pessoas, são tão simples que ninguém percebe o quanto pode ser difícil para o deficiente comprar o bilhete, embarcar ou usar o banheiro.

No Brasil de acordo com o IBGE, 14,5% da população tem algum tipo de deficiência física, mental ou sensorial. Como podem ser tantos se quando saímos nas ruas simplesmente não vemos os portadores de deficiência? A resposta é simples: estas pessoas evitam sair de casa porque sabem que encontrarão dificuldades em seu caminho.

Adaptar a cidade para a pessoa idosa e com deficiência, promoverá o encontro dos que vivem apressados com aqueles que se deslocam mais devagar, mas que podem ensinar muito sobre a vida.

A reflexão do governo sobre esse tema é indispensável, porque proporciona cidadania ao portador de deficiência, permitindo que pessoas diferentes utilizem espaços iguais, sem que para isso passem por constrangimentos desnecessários.