PIC-TV captou R$ 2,76 milhões para produções cinematográficas

Verba referente ao ano de 2001 beneficiou 18 filmes

qui, 17/01/2002 - 21h05 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin recebeu nesta quinta-feira, dia 17, cineastas, representantes do Banespa, do Banco Nossa Caixa e da TV Cultura para comemorar os resultados alcançados no ano passado pelo Programa de Integração Cinema-TV (PIC-TV), que estimula a produção, co-produção e distribuição de obras audiovisuais em São Paulo.

Em 2001, dezoito filmes foram beneficiados com os R$ 2,76 milhões obtidos por intermédio do programa. “Não dá para cobrir todas as despesas, é apenas um apoio, mas alguns filmes que estavam na fase final puderam ser concluídos”, disse Alckmin.

Segundo o governador, neste ano a idéia é antecipar a liberação dos recursos da Lei do Audiovisual para facilitar o apoio aos cineastas.

Criado em janeiro de 1996, o Programa de Integração Cinema-TV é uma parceria do Governo do Estado e a Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura.

Entre as produções integrantes do PIC-TV estão Uma Vida em Segredo, de Suzana Amaral, O Príncipe, de Ugo Giorgetti, Aurélia Schwarzenega, de Carlos Reichenbach e outras. Além disso, alguns filmes foram indicados pelo programa, entre eles, Estação Carandiru, de Hector Babenco, Pelé, de Anibal Massaini e Quanto Vale?, de Sérgio Bianchi.

Desde que foi implantado, o programa apoiou 48 filmes, com investimentos totais de R$ 32,7 milhões, dos quais R$ 9,29 milhões provenientes do PIC-TV, R$ 500 mil do Ministério da Cultura e R$ 22,9 milhões de parceiros, como o Grupo Banespa, a Eletropaulo e a CPFL.

O Estado de São Paulo é atualmente o maior centro produtor de filmes da América Latina. A indústria cinematográfica paulista conta com grande número de empresas produtoras de filmes, obras audiovisuais, televisivas, videográficas e publicitárias, além de laboratórios de processamento, revelação, copiagem, sonorização, trucagens e finalização.

Conta ainda com o maior número de salas de cinema, cerca de um terço do mercado exibidor brasileiro. São Paulo é o maior investidor nacional do segmento, com a utilização de leis de incentivo fiscal, especialmente aplicações feitas por intermédio da Lei do Audiovisual.
Mas, a história não foi sempre assim.

No início dos anos 90, o setor cinematográfico foi duramente atingido pelo fim do apoio à produção. Naquela época, poucos filmes foram realizados no país, a base tecnológica da indústria cinematográfica ficou paralisada.

A criação de uma nova legislação federal para o audiovisual, em 1993, possibilitou a retomada gradativa da produção no país. Em São Paulo, a atual administração anunciou, em 1996, o Programa para o Desenvolvimento da Indústria Audiovisual do Estado, que integra o PIC-TV, e lançou o edital da Lei de Incentivo Cultural.

Em 1999, criou o Programa de Estímulo à Indústria do Audiovisual em São Paulo. No ano seguinte, 2000, o Governo paulista liberou R$ 9 milhões para a Cultura, dos quais R$ 3 milhões foram destinados ao cinema. No início de 2001, criou o Programa de Integração Cinema-TV (PIC-TV).

Cíntia Cury