Petrobrás vai modernizar as quatro refinarias paulistas de petróleo

Assunto foi tratado nesta terça-feira, entre o governador e a ministra das Minas e Energia

ter, 26/08/2003 - 19h42 | Do Portal do Governo


As quatro refinarias paulistas de petróleo vão contar com melhorias no processo de refino, que será realizado pela Petrobrás. O assunto foi tratado nesta terça-feira, dia 26, durante encontro do governador Geraldo Alckmin e da Ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, no Palácio dos Bandeirantes. Eles conversaram também sobre a indústria de plástico e o gás natural.

A modernização será realizada nas quatro refinarias paulistas de petróleo: duas em Cubatão (Capuava e Mauá), uma em São José dos Campos e outra em Paulínia. Será feita uma mudança do refino do petróleo no sentido de também trabalhar mais com o petróleo pesado, que é explorado principalmente na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. “O Brasil tem pouco petróleo leve, portanto vai mudar o perfil e, com isso, aumentar a produção daqueles produtos de que o País mais precisa, especialmente a nossa região, que é o óleo diesel”, destacou o secretário da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos Meirelles, também presente ao encontro. “Já é uma definição, o programa da Petrobrás é prioritário para essas refinarias por serem as que mais têm peso na economia do País”, disse ele.

O segundo assunto tratado foi a ampliação da indústria plástica de São Paulo. Hoje, existem, especialmente em Mauá, algumas indústrias petroquímicas extremamente importantes para o País que produzem o polipropileno, a base de plástico utilizada para fabricar garrafas, pets e uma gama enorme de produtos. “Hoje, essas indústrias querem promover uma expansão, mas, para isso, é necessário que a Petrobrás disponibilize o gás propeno, que não está sendo liberado. Esse tipo de produto é para consumo imediato e produz uma cadeia virtuosa de micro e pequenas empresas”, observou o secretário.

O uso do gás trazido pelo gasoduto Brasil-Bolívia para a indústria de São Paulo foi o terceiro assunto discutido. “O Brasil tem um contrato com a Bolívia para a importação desse gás, onde o preço é relativamente elevado, mais alto do que o valor do gás que nós recebemos da Bacia de Campos”, afirmou Meirelles, explicando que um dos pedidos seria balizar o uso do gás para São Paulo, tanto para a indústria como para o consumidor comum, pelo preço do gás que recebemos da Bacia de Campos, o que significa um estímulo para que houvesse um programa conjunto com o Ministério, incentivando o consumo de gás natural no Estado. O secretário citou o exemplo da industria cerâmica que, em alguns municípios, vem utilizando o gás natural, conseguindo excelente competitividade, inclusive no mercado externo.

Gláucia Basile