Pesquisa: USP de Ribeirão Preto realiza estudo sobre epilepsia e gravidez

Foram analisados 126 prontuários de pacientes epilépticas

qui, 27/02/2003 - 11h18 | Do Portal do Governo

Com o objetivo de avaliar a evolução da epilepsia durante a gestação e a ocorrência de malformações nos recém-nascidos de mães epilépticas, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo analisaram 126 prontuários de pacientes epilépticas atendidas no Ambulatório de Gestação de Alto Risco do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do hospital da faculdade.

‘Das pacientes que puderam ser avaliadas (111 gestantes) quanto à evolução da doença durante a gravidez, 53% não sofreram modificação, 31% apresentaram piora e 16% melhora do quadro’, afirmam Roberta Zago Lorenzato, Ricardo de Carvalho Cavalli, Geraldo Duarte, Américo Ceiki Sakamoto, Francisco Mauad Filho, Antônio Alberto Nogueira e Sérgio Pereira da Cunha no artigo Epilepsia e Gravidez: Evolução e Repercussões.

Segundo os pesquisadores, ‘a evolução da epilepsia durante a gravidez e o puerpério é influenciada por uma série de fatores que incluem mudanças fisiológicas nos níveis de estrógeno e progesterona que levam a alterações no limiar das crises, mudanças na dose de medicação, deprivação do sono, como também mudanças na farmacocinética das drogas antiepilépticas’.

O trabalho mostrou que ‘a epilepsia apresentou evolução favorável durante a gestação, não tendo sido agravada pela mesma; os casos em que houve piora do quadro são associados com epilepsia de difícil controle antes da gestação’.

Em relação aos recém-nascidos, ‘a avaliação das características perinatais apresentou Apgar e evolução satisfatórios mostrando que a epilepsia e as drogas anticonvulsivantes não comprometem de forma grave a vitalidade intraparto’, concluíram.

Do Portal da Revista da Fapesp.
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V.C.