Pesquisa: Unesp de Botucatu quer intensifcar o consumo de mandioca

Para que a mandioca freqüente mais a mesa dos brasileiros

ter, 20/05/2003 - 10h30 | Do Portal do Governo

Do portal da Unesp

kEmbora garanta ao Brasil a condição de segundo maior produtor mundial, a cultura da mandioca ainda sofre os efeitos de um mercado instável, que impede sua consolidação enquanto produto agroindustrial de primeira linha no País. A fim de aproximar empresários e pesquisadores ligados a esse setor, o Centro de Raízes e Amidos Tropicais (Cerat), Unidade Complementar da UNESP localizada no campus de Botucatu, promoveu, entre os dias 15 e 16, o I Workshop Sobre Tecnologias em Agroindústrias de Tuberosas Tropicais – Processamento de Mandioca.

A abertura do evento reuniu, entre outras autoridades, o vice-reitor da UNESP, Paulo Cezar Razuk; o prefeito de Botucatu, Antonio Mário Ielo; o gerente do escritório regional do Sebrae, Paulo Marcelo Tavares Ribeiro; o pró-reitor de Extensão Universitária, Benedito Barraviera; o diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), do campus de Botucatu, Carlos Antonio Gamero; e o diretor do Cerat, Cláudio Cabello, além de empresários e pesquisadores de vários Estados.

Em seu discurso, o professor Razuk elogiou a contribuição do Cerat na valorização econômica da mandioca, de grande relevância para a população brasileira: ‘O Centro disponibiliza tecnologia moderna e vem resgatando a importância dessa cultura’, afirmou. O pró-reitor Barraviera ressaltou a ampliação das possibilidades de parcerias abertas com o workshop: ‘O Cerat está abrindo uma fronteira significativa na área alimentar, num momento em que o Brasil discute iniciativas como o Fome Zero’, disse.

Segundo o prefeito Ielo, a atual administração municipal se esforçou para aprofundar a colaboração com a UNESP, em áreas que vão da melhoria da infra-estrutura do campus à organização de eventos como o workshop e a Feira da Mandioca (veja quadro). ‘Essas parcerias têm tido grande sucesso, tanto na comunidade botucatuense como no meio acadêmico’, comentou. Para Ribeiro, do Sebrae, o workshop contribuiu para aproximar empresas, institutos de pesquisa e universidades. ‘É fundamental propor ações de coordenação no setor ligado à mandioca, diante da necessidade de agregar valor aos produtos e melhorar as técnicas de industrialização’, argumentou.

O workshop envolveu palestras sobre temas como a cadeia produtiva de mandioca e painéis sobre temas como processamento mínimo, produção de pão de queijo e de chips de mandioca, além de embalagens biodegradáveis. Cabello, diretor do Cerat, enfatizou que a promoção desse evento é mais uma das diversas atividades desenvolvidas pelo Centro: ‘Além de realizar pesquisas acadêmicas e oferecer formação em nível de pós-graduação, promovemos a transferência da tecnologia que desenvolvemos’, explicou.

Uma festa para comemorar as qualidades da mandioca

Além de promover o workshop, o Cerat realizou, entre 17 e 18 de maio, a segunda edição da Feira da Mandioca, numa parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Botucatu. Durante esses dois dias, houve eventos musicais e os estandes da feira ofereceram
aos visitantes os diversos produtos obtidos da mandioca – de cachaça a pratos típicos. ‘O objetivo da feira é promover a importância da mandioca e, ao mesmo tempo, caracterizar Botucatu como um centro de produção de tecnologia ligada a essa tuberosa tropical’, comentou o diretor Cláudio Cabello.

V.C.