Pesquisa: Taxa de desemprego aumenta para 20,4% na região do ABC

Estudo foi divulgado nesta quinta-feira pela Fundação Seade e Dieese

qui, 02/05/2002 - 12h26 | Do Portal do Governo

Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na Região do ABC referente a março de 2002

As informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego(PED), realizada pela Fundação SEADE, Dieese e Consórcio Intermunicipal das Bacias do Alto Tamanduateí e Billings, mostram que a taxa de desemprego total da Região do ABC aumentou em março, passando de 18,0%, em fevereiro, para os atuais 20,4% da População Economicamente Ativa (PEA). O contingente de desempregados foi estimado em 255.000 pessoas, neste mês.

A ampliação do contingente em desemprego (31.000) deveu-se, principalmente, à diminuição do número de postos de trabalho no período (28.000), uma vez que apenas 3.000 pessoas ingressaram na força de trabalho.

O nível de ocupação diminuiu 2,7%, em março. Esse resultado desfavorável foi determinado, sobretudo, pela retração do setor de Serviços (4,6%) e, em menor intensidade, da Indústria (2,1%), na medida em que o Comércio e o agregado Outros Setores mantiveram seus contingentes praticamente estáveis.

Com relação ao tipo de posto de trabalho, a maior retração, em número absoluto, ocorreu entre os assalariados com carteira de trabalho assinada. Em fevereiro, o rendimento médio dos ocupados e o dos assalariados cresceram pelo segundo mês consecutivo. Com incrementos de 5,2% e 4,6%, respectivamente, esses rendimentos passaram a equivaler a R$ 822 e a R$ 886.

Por tipo de desemprego, observou-se elevação tanto na taxa de desemprego aberto, que passou de 11,8%, em fevereiro, para 13,3%, em março, após três meses de relativa estabilidade, como na de desemprego oculto, que passou de 6,1% para 7,1% no período. Os contingentes em desemprego aberto e oculto foram estimados em 166.000 e 89.000 pessoas, respectivamente.

Entre os segmentos populacionais analisados, o aumento da taxa de desemprego foi extensivo a todos, destacando-se o das pessoas com pelo menos o ensino médio completo (21,1%), o das mulheres (16,4%), o de pessoas de 25 a 39 anos (16,3%) e de 18 a 24 anos (15,9%) e o daqueles que não são chefes do domicílio (14,8%).

Em março, o crescimento da taxa de desemprego total na Região do ABC (13,3%) foi superior ao registrado na Região Metropolitana de São Paulo (4,2%) e no Município de São Paulo (3,9%). Já na comparação com março de 2001, o desempenho dessa taxa foi mais desfavorável para a Capital e a RMSP, onde aumentou 19,4% e 15,0%, respectivamente, do que para o ABC (13,3%).

Nos últimos doze meses, houve aumento generalizado da taxa de desemprego por atributos pessoais, destacando-se os chefes de domicílio (26,6%), homens (24,1%), pessoas com pelo menos o ensino médio completo (19,4%) e jovens de 18 a 24 anos (18,3%).