Pesquisa: Procon-SP confirma tendência de alta nos juros do cheque especial em dezembro

Levantamento foi realizado em dez instituições financeiras, nos dias 2 e 3 de dezembro

seg, 13/12/2004 - 11h13 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, nos dias 2 e 3 de dezembro, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. Os bancos pesquisados foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Os juros bancários não apresentaram variações significativas nas taxas médias deste mês. Das dez instituições pesquisadas, duas apresentaram queda e duas elevaram suas taxas de empréstimo pessoal. Já no cheque especial, três instituições apresentaram variação positiva.

Empréstimo Pessoal – A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,22% a.m., inferior à do mês anterior, que foi de 5,25% a.m., significando um decréscimo de 0,03 ponto percentual. Ao ano, a taxa equivalente é de 84,09%.

As altas verificadas na taxa de empréstimo pessoal foram do Banco do Brasil e do Bradesco. O BB alterou de 4,49% para 4,59% a.m., significando um acréscimo de 0,10 ponto percentual e representando uma variação positiva de 2,23% em relação à taxa de novembro/04. O Bradesco alterou de 5,57% para 5,66% a.m., o que significa um acréscimo de 0,09 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,62% em relação à taxa de novembro/04.

As quedas verificadas na taxa de empréstimo pessoal foram da Caixa Econômica Federal e do HSBC. A Caixa Econômica Federal alterou de 4,99% para 4,49% a.m., significando um decréscimo de 0,50 ponto percentual e representando uma variação negativa de 10,02% em relação à taxa de novembro/04. O HSBC alterou de 5,09% para 5,08% a.m., o que significa um decréscimo de 0,01 ponto percentual e uma variação negativa de 0,20% em relação à taxa de novembro/04.

As demais instituições mantiveram suas taxas inalteradas.
Cheque Especial – A taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,06% a.m., superior a do mês anterior, que foi de 7,99% a.m., significando um acréscimo de 0,07 ponto percentual. Ao ano, a taxa equivalente é de 153,47%.

As altas verificadas na taxa de cheque especial foram do Banco do Brasil, do Banco Real e do Bradesco. O BB alterou de 7,33% para 7,73% a.m., significando um acréscimo de 0,40 ponto percentual e uma variação positiva de 5,46% em relação à taxa de novembro. O Banco Real alterou de 8,25% para 8,40% a.m., o que representa um acréscimo de 0,15 pontol percentual e uma variação positiva de 1,82% em relação à taxa de novembro/04. O Bradesco elevou a taxa de cheque especial de 8,06% para 8,16% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto percentual e uma variação positiva de 1,24% em relação à taxa de novembro/04

As demais instituições não alteraram suas taxas.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Conclusão:

Embora tenham sido verificadas variações positivas e negativas nas taxas pesquisadas neste mês, persiste um discreto movimento de alta.

O empréstimo pessoal apresentou pequena queda em sua taxa média, principalmente em função do decréscimo verificado na taxa praticada por um único banco (Caixa Econômica Federal), já que a variação na taxa praticada pelo HSBC foi inexpressiva. No cheque especial, a taxa média voltou a subir após praticamente quatro meses sem alteração. Trata-se da maior taxa média registrada no ano.

O Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, confirmou as expectativas do mercado financeiro e, na reunião de novembro, aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, de 16,75% para 17,25% ao ano. A decisão só confirmou a intenção das autoridades monetárias de não comprometer a meta de inflação de 5,1% para 2005.
O clima de festa do mês de dezembro pode induzir os consumidores a comprar mais e a contratar empréstimos, a fim de realizar antigos e novos sonhos de consumo. Antes que a tentação se instale, convém lembrar que as cobranças começarão a aparecer no início do próximo ano, juntamente com matrículas e materiais escolares, IPVA e outras despesas. É importante, também, planejar o que fazer com o 13º salário, dando prioridade ao pagamento das dívidas pendentes.

Da Assessoria de Imprensa da Fundação Procon-SP
Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania

(LRK)