Pesquisa: Premiação valoriza trabalhos do IPT

Micropartícula biodegradável e técnica para diagnóstico de cupins em árvores urbanas ganham prêmios

qua, 27/11/2002 - 20h21 | Do Portal do Governo

Em novembro, três pesquisadoras da Divisão de Química do IPT – Maria Inês Ré, Marisa Zuccolo e Maria Filomena de Andrade Rodrigues – receberam Menção Honrosa no XXVIII Concurso Prêmio Governador do Estado – Invento Brasileiro. Em Goiânia, Raquel Dias A. M. Amaral, da Divisão de Produtos Florestais, ganhou prêmio de melhor apresentação de trabalho em congresso técnico.

Micropartículas – A invenção premiada tem o título ‘Processo de produção. e produto, de micropartículas biodegradáveis a partir de polímeros tais como mono de polihidroxialcanoatos em meio aquoso’. Essas micropartículas são capazes de incorporar princípios ativos -como fármacos – por meio de microencapsulação. O objetivo é produzir sistemas que permitam a liberação controlada de princípios ativos para aplicações farmacêuticas. veterinárias, cosméticas e agroquímicas. entre outras.

Nos últimos 20 anos, particularmente, os avanços de novos grupos de agentes terapêuticos. como ácidos nucléicos e polipeptídeos para saúde humana, ou promotores de crescimento, para saúde animal. demandam novos métodos de aplicação das drogas. Assim, abriu-se espaço no IPT para desenvolvi- mento de pesquisas inovadoras no campo das micropartículas e da micro – encapsulação.

O método envolve geração das micropartículas por eliminação da água contida em uma névoa de pequenas gotas. Essas gotas contêm grânulos poliméricos produzidos por microorganismos dispersos em meio aquoso. A eliminação rápida da água leva à fusão dos grânulos e à formação de micropartículas do polímero biodegradável com cerca de I O a 20 micrômetros.

Quando essas micropartículas, contendo uma droga, são introduzidas no organismo humano ou animal, ela é liberada. Primeiro por difusão, através dos poros das micropartículas. Depois, lentamente, com a biodegradação dessas micropartículas. Esse sistema de liberação é especialmente útil para ativos usados em tratamentos terapêuticos longos. que requerem uma liberação lenta para garantir a eficácia de sua ação.

O desenvolvimento resultou em pedido de patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Além disso, é um dos projetos que apoiaram as conquistas dos Prêmios Finep de Inovação 2002 Sudeste e Nacional.

Cupins – No período de 3 a 9 de novembro, realizou-se em Goiânia o VI Congresso Brasileiro de Arborização Urbana. Trata-se de um evento
expressivo, verdadeira referência para gestores de governo e pesquisadores dedicados ao cultivo e manutenção de árvores urbanas, parques e áreas verdes.

Neste congresso, a pesquisadora Raquel Amara! apresentou o trabalho
intitulado ‘Técnicas para diagnosticar cupins em árvores urbanas’. Raquel desenvolveu metodologia inédita para prospecção interna e não-destrutiva em árvores. Além de original, pois foi o único trabalho que abordou o problema dos cupins subterrâneos em árvores, ele foi selecionado entre 50 concorrentes e recebeu o prêmio do evento pela melhor apresentação oral.