Pesquisa: Parceria com IPT prepara mapeamento das minas de águas cristalinas do Estado

Objetivo é sintetizar em um único documento as informações fragmentadas em diversas regiões administrativas do Estado

qui, 08/09/2005 - 19h06 | Do Portal do Governo

Parceria que envolve o IPT e outras instituições técnicas prepara um mapeamento das minas de águas cristalinas – de superfície e subterrâneas – no estado de SP

O Brasil detém reservas aqüíferas importantes. Parte relevante está em território paulista. Prova disso poderá ser conferida, em breve, com a publicação de livro e mapa – em versões impressa e CD-ROM – com levantamento minucioso dos recursos hídricos de superfície e subterrâneos no Estado de São Paulo.

Resultado de uma parceria entre o IPT, o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), o Instituto de Geologia (IG) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), o objetivo é sintetizar em um único documento as informações fragmentadas em diversas regiões administrativas do Estado. De acordo com coordenador geral do projeto, Gerôncio Rocha – do DAEE – embora a idéia seja antiga, tomou força a partir da década de noventa com a criação do órgão público de Gestão de Recursos Hídricos que demandou um mapeamento completo dos aqüíferos paulistas.

As águas estão armazenadas em dois tipos de aqüíferos. Os fraturados, formados por rochas cristalinas, e os sedimentares, que predominam e são formados por rochas porosas. As águas subterrâneas de São Paulo são especialmente importantes devido ao esgotamento dos rios. Poderão abastecer principalmente as cidades no interior paulista.

A integração dos dados existentes e os novos – a partir das autorizações de explorações comerciais e públicas atuais – com o auxílio de novas ferramentas de observação e análise, permitiram desenhar de maneira precisa as condições dos aqüíferos regionais. “Tínhamos levantamentos por regiões. Sentimos a necessidade de compilar estes dados de forma que pudéssemos ter um panorama geral”, informa Rocha.

Segundo José Luís Albuquerque Filho, diretor da Divisão de Geologia do IPT, este trabalho será uma importante fonte de consulta para planejamento. “Ele indica potencialidades e áreas favoráveis para a exploração de águas”.

O trabalho em andamento baseia-se em informações coletadas junto às regiões administrativas de São Paulo a partir da década de 70, por isso é um banco de dados importante. O projeto conta com a partição de 15 técnicos dos órgãos envolvidos e coordenação temática de Andréa Malva Mancuso (IPT) e Amélia João Fernandes (IG). A publicação tem como público-alvo os 21 comitês de bacias hidrográficas que compõem os fóruns de gestão da água, formados por prefeitos, governo e representantes da sociedade civil.

Da Assessoria de Imprensa do IPT