Pela primeira vez, um projeto de pesquisa faz o diagnóstico ecológico e sanitário de pesque-pagues – também conhecidos como pesqueiros – localizados na Região Metropolitana de São Paulo. O estudo teve origem na preocupação com o meio ambiente e a qualidade do peixe consumido pelos frequentadores dos pesqueiros.
O projeto é desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Pesca (IP-APTA), das Faculdades de Saúde Pública e de Medicina Veterinária da USP e também do Instituto de Botânica da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. O estudo é coordenado pela pesquisadora Katharina Eichbaum Esteves, do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos Hídricos, do Instituto de Pesca.
Por se tratar de atividade relativamente recente, pouco se conhece a respeito do tipo de manejo realizado nos pesque-pagues e as suas conseqüências sobre a qualidade da água e dos peixes consumidos, explica Katharina. Nesse sentido, o estudo permitirá obter informações sobre as condições físicas e químicas da água, a presença de bactérias indicadoras da qualidade de higiene da água, a presença de bactérias em peixes, os tipos de organismos planctônicos encontrados, análises de peixes e estudo de sua dieta alimentar, além da qualidade final do pescado.
O projeto poderá subsidiar futuras decisões governamentais destinadas ao manejo adequado e a uma gestão ambiental sustentável dessa importante atividade econômica, diz a pesquisadora do Pesca. O trabalho – financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) – desenvolve-se a partir de duas séries de coletas: uma no período de estiagem-frio e outra no período chuvoso-quente.
Informações adicionais podem ser obtidas pelo telefone (11) 3871-7577.
