Pesquisa: Fundação Seade analisa a mortalidade infantil em São Paulo

É um dos indicadores mais utilizados para avaliar as condições de saúde de uma população

seg, 25/07/2005 - 21h27 | Do Portal do Governo

A taxa de mortalidade infantil é a razão entre o número de óbitos de crianças no primeiro ano de vida e o total de nascidos vivos.

Consiste em um dos indicadores mais utilizados para avaliar as condições de saúde de uma população e, nas últimas décadas, tem apresentado evolução positiva na maior parte dos países.

A situação da mortalidade infantil no Brasil é muito semelhante à observada na média mundial, ou seja, houve um decréscimo significativo nos últimos anos, mas com a manutenção de diferenças regionais relevantes, ainda que com taxas menores.

Com relação aos Estados, os dados mais recentes referem-se a 2002, quando o coeficiente era de 52,6 por mil, em Alagoas, acima de 40 por mil, em Maranhão e Sergipe na região Nordeste, e abaixo de 16 por mil, em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

No Estado de São Paulo, considerando-se a série histórica de estatísticas vitais produzidas pela Fundação Seade com base nas informações enviadas pelos Cartórios de Registro Civil, a evolução mostrou-se ainda mais positiva, uma vez que há cerca de 30 anos o coeficiente de mortalidade infantil estava próximo de 85 óbitos por mil nascidos vivos, passando a 51 (1980), a 31 (1990), a 17 (2000) e chegando próximo de 14 por mil em 2004. Essa acentuada redução da mortalidade infantil está relacionada, em grande parte, com a expansão dos serviços de saneamento básico, que fez com que as doenças diarréicas quase desaparecessem como causa de morte, e com a vacinação, que eliminou doenças como a poliomielite e o sarampo.

Em relação às regiões do Estado de São Paulo, constata-se que as taxas de mortalidade infantil diminuíram em quase todas nos últimos anos, embora os níveis ainda apresentem diferenças importantes, que se ampliam ainda mais quando se consideram áreas menores, como os municípios, por exemplo. No período de 2000 a 2004, observa-se que as reduções mais acentuadas ocorreram nas Direções Regionais de Saúde (DIR) de Bauru, Registro, Marília, Barretos, Sorocaba e Osasco, com porcentuais acima de 25%. Na DIR de Taubaté, os coeficientes desses dois anos são praticamente iguais, mas na DIR de São José do Rio Preto, houve aumento de 14,5%, com a taxa passando de 12,5 óbitos por mil nascidos vivos para 14,3 por mil.

Conheça aqui o estudo completo sobre mortalidade infantil contido no boletim SP Demográfico da Fundação Seade.

Assessoria de Imprensa da Fundação Seade
C.A.