Pesquisa: Equipe da Unicamp desvenda o modo de vida dos peixes-limpadores

Matéria está na publicação de setembro da Revista Pesquisa Fapesp

qua, 28/08/2002 - 17h01 | Do Portal do Governo

Com o brilho de suas cores contrastantes – em geral, combinações de preto e amarelo ou azul e branco -, os peixes-limpadores desfilam pelos recifes de coral onde vivem, expondo-se a peixes maiores, os clientes, e fazendo uma faxina no corpo deles. O serviço inclui a retirada de crustáceos parasitas, de tecido necrosado ou doente e de muco, uma secreção presente em toda a superfície do peixe. Enquanto corre o trabalho, ligeiros toques de nadadeiras do limpador produzem estímulo táctil no cliente, que permanece numa pose incomum, como se estivesse em transe. Uma regra de ouro: na zona de limpeza, ninguém é atacado. Fora desse cenário, porém, o cliente pode transformar-se em predador.

Pouco se sabia sobre essa simbiose de limpeza nos recifes da costa brasileira, mas agora chega uma visão abrangente e organizada do fenômeno, num trabalho coordenado por Ivan Sazima, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Sua equipe, formada por Rodrigo Moura, Cristina Sazima, Ronaldo Francini-Filho e João Gasparini, estudou o tema in loco , desde a costa do Maranhão até a de Santa Catarina, com o propósito de avaliar a importância dos limpadores na saúde dos recifes e sugerir uma regulamentação da pesca de peixes ornamentais – já que os peixes-limpadores são vistos com freqüência em lojas de aquários, caso do góbio-néon ( Elacatinus figaro ). ‘A ausência de limpadores empobrece os recifes e aumenta a população de peixes doentes’, afirma Sazima.

Para conferir a reportagem completa na edição de setembro, visite o site da Revista Pesquisa Fapesp On-line, www.revistapesquisa.fapesp.br