Pesquisa: Desemprego na Grande São Paulo cai em dezembro, mas sobe em 2002

Estudo foi realizado pela Fundação Seade e Dieese

ter, 28/01/2003 - 15h36 | Do Portal do Governo

A Fundação Seade e o Dieese divulgaram nesta terça-feira, dia 28, os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo relativos ao último mês de dezembro e ao ano de 2002.

Embora em dezembro a taxa tenha declinado de 19% para 18,5% da População Economicamente Ativa (PEA), considerando-se os 12 meses de 2002 a taxa de desemprego cresceu de 17,6% para 19% da PEA.

Trata-se do segundo patamar mais elevado desde 1985, inferior apenas ao observado em 1999 (19,3%). O motivo foi o fraco desempenho na geração de novas ocupações (29 mil), insuficiente para absorver o contingente de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho regional (195 mil). Estima-se que 1.788.000 pessoas estavam desempregadas no período em análise.

A relativa estabilidade (0,4%) do nível de ocupação em 2002 interrompeu o movimento de recuperação observado em 2000 e 2001 e resulta do aumento da ocupação no Agregado Outros Setores (27 mil pessoas) e na Indústria (13 mil), uma vez que o Comércio (-3 mil) e os Serviços (-8 mil) mantiveram-se praticamente estáveis. Segundo a forma de inserção, destaca-se o crescimento do trabalho autônomo (44 mil) e do emprego doméstico (18 mil).

Seguindo tendência verificada nos quatro anos anteriores, o rendimento médio teve declínio de 8,3%, em 2002, passando a corresponder a R$ 889, valor 28,3% menor que o registrado em 1997. O salário médio também manteve trajetória decrescente, apresentando redução de 7,5%, a maior nos últimos cinco anos.

Em dezembro, estima-se que 1.759.000 pessoas estavam desempregadas. O nível de ocupação apresentou ligeiro crescimento (0,7%), com a geração de 55 mil novas ocupações, das quais 26 mil na Indústria, 23 mil no Agregado Outros Setores e 13 mil nos Serviços, mais que suficiente para compensar a diminuição no Comércio (7 mil). Por posição na ocupação, destaca-se o aumento do contingente de autônomos em 43 mil pessoas.

C.A