O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está relacionado a 42,7% dos acidentes fatais no trânsito da cidade de São Paulo. É o que aponta pesquisa inédita da Secretaria de Estado da Saúde, realizada no segundo semestre de 2004 com base em 454 laudos do Instituto Médico Legal (IML).
A pesquisa revela que das 454 pessoas que morreram em acidentes fatais de trânsito, 194 tinham concentração alcoólica no sangue acima de 0,6 g/l (gramas por litro), o máximo permitido pela legislação brasileira. A quantidade de álcool necessária para atingir essa concentração no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chope), 200 ml de vinho (duas taças) ou 80 ml de destilados (duas doses).
Os homens apresentaram maior proporção de uso de álcool do que as mulheres. As maiores concentrações alcoólicas foram encontradas em jovens de 20 a 29 anos do sexo masculino, solteiros e que morreram no próprio local do acidente, o que indica muito provavelmente que, além de alcoolizados, as vítimas estavam em alta velocidade.
‘O álcool potencializa o risco de acidentes, principalmente em jovens que não têm tanta experiência ao volante’, afirma a coordenadora do Grupo Técnico de Prevenção de Acidentes da Secretaria, Vilma Gawryszewski.
Segundo a pesquisa, a taxa geral de mortalidade por acidentes de trânsito foi de 14 por 100.000 habitantes. Entre os homens esse índice foi de 11,2/100.000. Já entre as mulheres, de apenas 3,1/100.000. A maior proporção de mortes ocorreu entre os jovens de 20 a 29 anos, que representou 28,7% do total.
O estudo ainda mostrou que os pedestres lideram a maioria desses óbitos (6,8 para 100 mil), seguido pelas vítimas envolvidas nas colisões de veículos (5,8 para 100 mil) e pelos motociclistas (1,4 para 100 mil). Do total de vítimas fatais, 76% eram homens.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Saúde
C.A.
