A segunda fase da campanha oficial de vacinação contra a febre aftosa, realizada no mês de novembro no Estado de São Paulo, atingiu 99,42% do rebanho paulista, que é de 14.426.343 cabeças (bovinos e bubalinos). O índice é superior ao registrado na primeira fase, realizada em maio, quando a cobertura atingiu 99,40%, o melhor desempenho de sua história.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Duarte Nogueira, existe permanente compromisso do Estado na manutenção do ‘status’ sanitário. “A sanidade é hoje um dos principais fatores responsáveis pelos bons resultados alcançados nas exportações de carne. É evidente que esses índices que estamos alcançando nas campanhas de vacinação demonstram também a preocupação e o envolvimento do pecuarista paulista e da iniciativa privada na questão ”, disse o secretário.
O rebanho restante será vacinado compulsoriamente neste mês, quando a cobertura irá atingir 100%. O proprietário que deixou de vacinar é multado e há o impedimento de trânsito dos animais não vacinados.
Segundo dados da Defesa Agropecuária, órgão ligado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e responsável pela campanha, os índices de cobertura têm apresentado crescimento a cada fase da campanha, apesar da dificuldade de ampliação à medida que se aproxima dos 100%. Em novembro de 2002, a cobertura foi de 99,39%, superado em 0,01% pela campanha de maio deste ano.
O Estado, que integra o Circuito Pecuário Centro-Oeste (juntamente com Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal), é considerado zona livre da doença com vacinação pela Organização Internacional de Epizootias (OIE), com sede em Paris, única organização mundial normativa encarregada de exercer a vigilância sobre a segurança sanitária do comércio mundial dos animais e de seus produtos. São Paulo está há oito anos sem registrar um único foco de febre aftosa.
No mesmo período foi realizada a campanha de vacinação contra a raiva nos herbívoros em 18 regiões do Estado (Botucatu, Bragança Paulista, Campinas, Franca, Guaratinguetá, Itapetininga, Itapeva, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Mirim, Orlândia, Pindamonhangaba, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, São Paulo e Sorocaba), áreas onde há ocorrência de morcegos hematófagos, transmissores da doença.
O índice de cobertura foi de 98,51% com a vacinação de 3,49 milhões de cabeças. Na campanha do mês de maio, esse índice foi de 98,62% de um rebanho de 3,41 milhões de cabeças nas 18 regiões.
Entre janeiro e setembro, as exportações de carne bovina do Estado somaram US$ 769,02 milhões, com crescimento de 31,2% sobre o valor de igual período de 2002. Nesse período, São Paulo respondeu por 70,8% das exportações totais do produto. Já a cadeia total de bovinos (carne, leite e couro) registrou exportações até setembro no valor de US$ 1,107 bilhão, um crescimento de 26% sobre o ano anterior, o que garantiu uma participação de 37,6% nas exportações totais do Brasil.
No ranking do valor da produção agropecuária de 2002, a carne ocupou a segunda posição, atrás da cana-de-açúcar. No ano passado, representou 16,10% ou R$ 3,4 bilhões do valor da produção total, que foi de R$ 20,9 bilhões.
Para este ano, a estimativa é que a carne bovina participe com R$ 4 bilhões no valor da produção agropecuária do Estado (de R$ 24,5 bilhões), registrando um crescimento de 19% em relação ao ano anterior.
Da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento
(LRK)
