Patrimônio: Monumentos históricos do Caminho do Mar serão restaurados

Recursos iniciais de quase R$ 2 milhões vão recuperar esse patrimônio e resgatar parte da história do Brasil

sáb, 19/02/2005 - 14h45 | Do Portal do Governo

Os seis principais monumentos históricos da SP-148, mais conhecida como Caminho do Mar, serão restaurados a partir de março. Coordenado pela Fundação Patrimônio Histórico da Energia e Saneamento, em parceria com a Empresa Metropolitana de Águas e Energia, o empreendimento tem apoio da iniciativa privada. Com base na Lei Rouanet, o Ministério da Cultura autorizou a captação de R$ 3,28 milhões, dos quais a Petrobras doou R$ 1,2 milhão, e a Cosipa e a Rhodia, R$ 300 mil cada. O capital inicial de R$ 1,9 milhão será o ponto de partida para a recuperação e reforma dos patrimônios e a construção de um portal de acesso à via histórica já na cidade de Cubatão.

Segundo o secretário-adjunto de Estado da Cultura e vice-presidente da Fundação, Edmur Mesquita, os técnicos da entidade avaliarão o local e uma empresa especializada, de acordo com a necessidade, se encarregará da reforma ou restauração dos monumentos. ‘A recuperação desse patrimônio significa o resgate da história do Brasil e de nossa memória’, afirmou Mesquita.

Existem seis monumentos históricos no Parque Estadual da Serra do Mar, construídos em 1922. Há 33 anos foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat). São eles: Monumento do Pico, Pouso Paranapiacaba, Padrão do Lorena, Ruínas, Rancho da Maioridade e Pouso Circular.

O Caminho do Mar está inserido na mata atlântica, declarada Reserva da Biosfera pela Unesco. O que foi inicialmente uma trilha dos índios, tornou-se o Caminho do Padre José e Calçada do Lorena, pavimentada com pedras em 1792. A seguir, foi chamada de Estrada da Maioridade (1844) e, no governo de Washington Luís, presidente do Estado de São Paulo, era a primeira estrada de concreto do Brasil.

Para comemorar o centenário da Independência, foram construídos ali os monumentos (1822 a 1922), e colocados em locais estratéigocs, para que os que por lá transitassem fizessem uma parada. Assim, poderiam apreciar a paisagem, conhecer um pouco da história de São Paulo – contada nos belíssimos azulejos do artista José Wasth Rodrigues – e admirar a beleza da arquitetura em pedra do francês Victor Dubugras. A obra foi concluída em 1925 e recebeu o nome oficial de Caminho do Mar.

Da Agência Imprensa Oficial
Por Márcia Bitencourt
C.A.