Parques estaduais são alternativas de lazer e educação ambiental

Verdadeiros tesouros naturais sobrevivem ao processo de desenvolvimento dos centros urbanos

sex, 04/10/2002 - 13h01 | Do Portal do Governo

Verdadeiros tesouros naturais sobrevivem ao processo de desenvolvimento dos centros urbanos e hoje formam um dos mais valiosos patrimônios de São Paulo. São os parques estaduais, que se revelam como opção de preservação e ecoturismo. Além de serviços criados especialmente para atender à visitação turística, como alojamento, centros de visitante, campings, trilhas, refeitórios, auditórios e estacionamentos, muitos parques dispõem de programas de educação ambiental.

Quem visitar um desses parques vai poder respirar ar puro e ver de perto fauna e flora da região. Em alguns casos, banhar-se em cachoeiras, explorar cavernas e praticar esportes. Muitos parques estaduais são privilegiados para a pratica de caminhada, canoagem, escalada, mergulho esportivo, mountain bike, rafting e até surfe.

Vale lembrar que dos 37,3 milhões de habitantes no Estado, cerca de 93% vivem nas cidades. Um grau de urbanização que supera a média de países, como Japão e EUA. Na Capital, por exemplo, o índice de área verde por habitante é de apenas 4,6 metros quadrados – enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 12 m2.

Nesse contexto, os parques estaduais têm papel fundamental no cotidiano dos paulistas. Além de manterem a qualidade de vida urbana, já que oferecem espaço para lazer, recreação e educação ambiental, cumprem funções como a regulação do clima, a conservação de mananciais e de espécies nativas.

Muitos locais ainda são pouco conhecidos, como o Parque Estadual das Furnas do Bom Jesus, no município de Pedregulho, a 442 quilômetros da Capital. Localizado na bacia hidrográfica do Córrego do Pedregulho, sua reserva mantém muitas espécies da fauna característica do cerrado, como o tamanduá-mirim, além de uma das maiores cachoeiras do Estado – a Cascata Grande, com 122 metros de queda.

Outros parques, no entanto, já são grandes aliados do ecoturismo. É o caso do Petar – Parque Turístico do Alto Ribeira, entre os municípios de Iporanga e Apiaí, no Vale do Ribeira, a 370 quilômetros da Capital. O lugar abriga uma das maiores concentrações de cavernas do País, formadas pela ação milenar da água nas rochas – entre elas a famosa Caverna do Diabo. Com quatro núcleos de visitação, o Petar promove diferentes tipos de atividades ecoturísticas e de educação ambiental.

Conhecer para Conservar

Na opinião de especialistas em meio ambiente, a população se predispõe a defender e conservar as áreas verdes, na medida que vai conhecendo e convivendo com esses espaços. Esse é um dos motes da Secretaria do Meio Ambiente para estimular a visitação nas unidades de conservação que administra. O outro é conciliar desenvolvimento com preservação, sempre buscando a participação das comunidades locais.

Em função disso, a educação ambiental é mantida em 43 unidades de conservação (parques, estações ecológicas e experimentais) de todo o Estado. A idéia é atrair alunos da rede pública e particular de ensino fundamental e médio, estendendo a atividade para universitários e até famílias.

De acordo com a área de meio ambiente estadual, somente na Mata Atlântica, o Estado de São Paulo tem 21 mil quilômetros quadrados preservados. Os 11 parques estaduais inseridos no Projeto de Preservação da Mata Atlântica paulista, entre eles os oito núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar, vêm passando por reformas e construção de edificações, além de mudanças norteadas por planos de manejo para atrair visitantes e adeptos à sua preservação.

Gislene Lima

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