A Secretaria de Estado da Saúde e os municípios da Baixada Santista estão preparando a implantação de um modelo inédito no Estado de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Baixada Santista. A proposta, que prevê a criação de um consórcio entre os municípios de Itanhaém, Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe, foi apresentada pelos prefeitos das quatro cidades na quinta-feira, dia 23, ao secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, durante reunião na capital.
Pela proposta inicial seriam disponibilizados cerca de 400 leitos regionais para atendimento gratuito aos cerca de um milhão de habitantes dos quatro municípios. Os leitos deverão ser implantados na Santa Casa de Praia Grande, Hospital Regional de Itanhaém e nos hospitais municipais de Mongaguá e Peruíbe, com gerenciamento único da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O atendimento será complementar, ou seja, cada hospital do consórcio ficará responsável por especialidades médicas e serviços distintos, gerando otimização de recursos, desafogando o município de Santos e o hospital estadual Guilherme Álvaro. Os custos da implantação do projeto seriam divididos entre as prefeituras, governo estadual e federal. Estado e prefeituras acreditam que o governo federal colabore com a proposta.
‘Trata-se de uma proposta ousada, e o Estado está disposto a ajudar, inclusive na questão financeira e na compra de equipamentos. A idéia é ter quatro hospitais funcionando como se fosse um só, com atendimento integrado, gerenciamento profissional e os recursos necessários para custeio’, afirmou o secretário de Estado da Saúde.
O modelo mais próximo disso já foi lançado no Vale do Paraíba, mas não com quatro hospitais atuando de maneira conjunta. No Vale os hospitais Regional e Universitário já atuam de forma integrada e os resultados já estão aparecendo.
O número de atendimento no Hospital Regional do Vale do Paraíba cresceu até 210%. Comparando-se abril de 2005 com abril de 2004 houve, por exemplo, aumento de 30% em cirurgias. Os exames laboratoriais, que aumentaram 210%, passaram de 20.819 para 64.684 mensais. A média mensal de pacientes internados passou de 2096 para 3.858.
Os prefeitos saíram da reunião com o compromisso de elaborar um projeto para viabilização do consórcio, detalhando serviços, equipamentos e recursos humanos. A proposta final será avaliada pela Unifesp e, no final de julho, apresentada ao governo estadual.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde
C.C.
