Palestra: IPT realiza seminário sobre marcas e patentes

Apostilas deverão ser colocadas à disposição do público na home page do IPT

seg, 19/05/2003 - 21h00 | Do Portal do Governo

Registro de propriedade industrial é o grande segredo para realizar bons negócios. O IPT dará orientação, em seminário, para pequenos e médios empreendedores.

Termômetro do estágio de desenvolvimento econômico de um país, o número de empresas e instituições que pedem registro de patentes e marcas no Brasil ainda é um dos mais baixos do mundo.

Para se ter uma idéia deste desequilíbrio, basta comparar os dados colhidos pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão encarregado deste registro, junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), referentes aos Depósitos de Privilégio de Invenção, uma categoria de patente que mede a produção tecnológica de um País.

Em 1999 (dados mundiais mais recentes da OMPI), o total de depósitos deste tipo de patente no Japão foi de 442.245, nos Estados Unidos, de 294.706, na Alemanha, de 220.761, na França de 138.445, contra apenas 20.052 no Brasil. Em 2001, esse número aumentou pouco no País: 23.611 registros.

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado à Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo, é considerado uma das instituições de pesquisa brasileira com maior número de patentes depositadas e concedidas pelo INPI. De 1973 até hoje, o IPT depositou, aproximadamente, 170 pedidos de patentes nos mais diversos campos tecnológicos.

O instituto paulista ainda procura, por meio do Núcleo de Propriedade Intelectual e Licenciamento de Tecnologia, orientar pesquisadores e empresas nos aspectos legais de transferência de tecnologia, licenças de exploração de marcas e patentes e proteção e comercialização do conhecimento.

O IPT considera que as micro, pequenas e médias empresas brasileiras e entidades que produzem tecnologia (Universidades, Centros de P&D, Incubadoras), ainda não estão adequadamente preparadas para proteger com eficiência suas criações, muito menos para transferi-las ou licenciá-las, pois, até recentemente, não vislumbravam um caráter empresarial e tão fortemente competitivo.

Para mudar este cenário, a instituição celebrou convênio com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, para realizar palestras e seminários em várias cidades do Estado de São Paulo, destinados a esclarecer este público específico.


Marcas e patentes, patrimônio das empresas

O primeiro evento desta série promovida pelo IPT em parceria com o CNPQ começará em São Paulo e vai focar pequenas e micro empresas paulistas.

O seminário “A propriedade intelectual como fator de estratégia comercial será realizado no dia 20 de maio, às 8h30, no próprio IPT, localizado na Cidade Universitária e vai abranger conhecimentos básicos sobre a proteção da propriedade industrial como estratégia comercial e suporte à competitividade das empresas, bem como utilização da patente como fonte de informação e planejamento tecnológico.

Para discutir o tema ‘O desafio de desenvolver tecnologia, sob a perspectiva de uma empresa brasileira’, o IPT convidou um representante do setor privado nacional e de uma microempresa incubada no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec).

Participará, ainda, do seminário, um representante da Universidade Hebraica de Jerusalém, destaque no campo da propriedade intelectual. Os participantes terão direito a uma consulta individual sobre propriedade industrial (marcas, patentes e desenho industrial) e programa de computador.

De acordo com a pesquisadora Ângela Cristina Puhlmann, responsável pelo Núcleo de Propriedade Intelectual e Licenciamento de Tecnologia do IPT, órgão coordenador do evento, estão sendo elaboradas duas apostilas com noções gerais de proteção de tecnologia e produtos, apresentadas em duas versões, uma destinada ao pesquisador e outra ao empresário, esta última, com ênfase sobre marcas e contratos de transferência de tecnologia. As apostilas deverão ser colocadas à disposição do público na home page do IPT.